AINDA SOB INVESTIGAÇÃO

Mercedes que matou vigilante tem mais de R$ 8 mil em multas e estava impedida de rodar

Juíza chegou a converter a prisão de Antônio Scelzi Neto, de 25 anos, para preventiva. Porém, desembargador revogou a prisão

Mercedes que era dirigida por Antônio Scelzi (Foto: Reprodução)
Mercedes que era dirigida por Antônio Scelzi (Foto: Reprodução)

A Mercedes que Antônio Scelzi Netto, de 25 anos, dirigia quando atropelou e matou o vigilante Clenilton Lemes Correia, de 38 anos, no último dia 9 de junho, tem mais de R$ 8 mil em multas abertas e está impedida de circular. O atropelamento aconteceu na GO-020, em Goiânia, e Antônio está preso.

Segundo informações que constam no Detran de Goiás, há débitos de licenciamento veículo nos anos de 2022, 2023 e 2024 (de R$ 260,32, R$ 1.269,62 e R$ 6.677,95, respectivamente). Além de infrações nos mesmos anos nos valores de R$ 6.064,63, R$1.737,76 e R$ 586,94.

O carro está no nome do pai do motorista. As multas são por excesso de velocidade e estacionamento irregular. O inquérito sobre o acidente que matou o vigilante Clenilton ainda não foi finalizado. A investigação ainda continua.

Na manhã desta sexta-feira (14), um grupo de vigilantes se reuniu na frente do Tribunal de Justiça de Goiás, no Setor Oeste, em protesto contra a soltura do motorista Antônio Scelzi Netto. Ele teve a prisão revogada pela Justiça no último dia 11, e irá responder pelo processo em liberdade

Motorista fugiu e recusou bafômetro

Mais Goiás já mostrou que, segundo a delegada Ana Claudia Stoffel, da Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict), o motorista, que fugiu após o acidente, se recusou a fazer o teste do bafômetro quando foi localizado. No entanto, após a prisão, ele passou por exames que acabaram por descartar embriaguez, mas constataram influência de álcool no sangue. O que é negado pela defesa. Ele foi encontrado cinco horas depois em galpão de propriedade do pai.

Defesa do motorista da Mercedes alega que prisão viola direitos

A defesa de Antônio Scelzi afirma que contatou a empresa onde o vigilante trabalhava para prestar auxílios necessários e que a prisão do cliente viola o Código de Processo Penal Brasileiro. Veja a íntegra a seguir:

A defesa do Sr. Antônio Scelzi Netto, informa que já realizou contato com a empresa em que a vítima trabalhava no intuito de prestar toda solidariedade e auxílio necessário.

Quanto a situação processual do investigado, a conversão da prisão em preventiva, viola o Código de Processo Penal Brasileiro, uma vez que em regra, não há autorização legal a prisão cautelar em delitos de natureza culposa (como é o caso), dessa forma, a decisão é flagrantemente ilegal o que desafia sua impugnação através dos instrumentos processuais adequados.