ANÚNCIOS FALSOS

Falso financiamento: 9 pessoas são presas suspeitas de golpes com vendas de veículos em Goiânia

Vendedores usavam fotos de motos e carros falsos para atrair clientes e vender 'assessoria financeira'

Procon Goiás interdita empresa suspeita de golpe do falso financiamento
Procon Goiás interdita empresa suspeita de golpe do falso financiamento

Nove funcionários foram presos em Goiânia suspeitos de participarem de um esquema de falsas vendas de veículos por meio de financiamentos que não existiam, segundo o Procon Goiás. Os vendedores da empresa mantinham anúncios em plataformas de marketplace, oferecendo carros e motos com preços atrativos, porém, os bens eram fictícios.

A Polícia Civil participou da operação que resultou na prisão dos envolvidos, na quinta-feira (27), em uma loja no Setor Oeste. Ao todo, o Procon Goiás já interditou 34 empresas que praticavam o golpe do falso financiamento desde abril de 2023.

Como funciona o golpe

Segundo o Procon, era pedido ao consumidor o pagamento de uma suposta entrada para o financiamento, a partir de R$ 2 mil, e apresentadas condições facilitadas para ele conseguir o crédito. A empresa, inclusive, oferecia a possibilidade de crédito para pessoas negativadas.

Com o passar dos dias, o consumidor até tentava contato com os vendedores, mas isso ficava cada vez mais difícil. Depois de muita insistência, acabava descobrindo que, na verdade, tinha assinado um contrato de assessoria financeira e não para financiar o veículo.

Mesmo reclamando e tentando quebrar o contrato, a devolução dos valores pagos não acontecia e o consumidor ficava sem o veículo e sem o dinheiro.

Não existia veículo

Os fiscais descobriram que a empresa não possuía nenhum veículo para ser comercializado e que utilizava imagens ilustrativas. Descobriram também que o pagamento da suposta entrada era feito para a conta pessoal da dona da empresa.

A empresa foi interditada e autuada por propaganda enganosa por não passar informações claras aos clientes sobre os serviços oferecidos e sobre a natureza da operação financeira. O prazo para que eles possam recorrer é de 20 dias.

A Polícia Civil recolheu vários documentos no local, que serão analisados durante a investigação. Os 9 funcionários foram conduzidos à delegacia, onde foram presos em flagrante pelo crime de estelionato.

Como os nomes não foram divulgados, o Mais Goiás não conseguiu contato com a empresa ou com os detidos para que se posicionassem. Em caso de denúncias, o consumidor pode acionar o Procon Goiás por meio do telefone 151 ou (62) 3201.7124 em cidades do interior.