Investigação

‘Gata do crime’: defesa alega perseguição por se tratar de ‘jovem, bonita e bem-sucedida’

Paolla é investigada por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas em Goiânia e com um duplo homicídio que ocorreu no Mato Grosso

Paolla Bastos (Foto: Reprodução)
Paolla Bastos (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao Mais Goiás na tarde dessa sexta-feira (28), o advogado Welder Miranda fez críticas à forma como a imagem de Paolla Bastos, cliente dele, foi exposta pela Polícia Civil e pela imprensa nos últimos dias. Ele entende que existe perseguição pelo fato de Paolla ser “jovem, bonita, bem-sucedida e ter boa condição financeira”.

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), Paolla e o companheiro dela, Valter Esteves de Bessa Júnior, são chefes do tráfico em algumas regiões de Goiânia. Eles teriam movimentado R$ 3 milhões em 90 dias. Teriam envolvimento também com a morte de João Vitor Menez, de 22 anos, e a filha dele, Zayra Carvalho, de dois anos.

A polícia acredita que os dois estão morando em uma comunidade no Rio de Janeiro, onde estariam sendo protegidos por integrantes de uma facção criminosa.

Além de Paolla, Welder representa outra pessoa suspeita de envolvimento com o duplo homicídio, mas chama atenção para o fato de que, na visão dele, só Paolla tem exposição na mídia.

“A Kethellen [Kethellen Beatriz] também foi presa por 30 dias, prorrogado por mais 30, e se encontra em liberdade acusada por envolvimento nesse duplo homcídio no Mato Grosso. É o mesmo fato da Paolla, porque são várias pessoas envolvidas. É uma coitada que não tem uma bicicleta para andar. Mas o que deu repercussão nacional foi a ‘gata do crime’, nome que deram. Só por ser jovem, bonita e ter condição financeira. Por que os pobres não foram mostrados pela imprensa?”, questiona.