Estelionato

Gaúchos são presos suspeitos de aplicar golpe do bilhete premiado em Goiânia

Investigação começou depois que vítima denunciou ter perdido R$ 170 mil para grupo criminoso

Gaúchos presos pela polícia de Goiás (Foto: Divulgação)
Gaúchos presos pela polícia de Goiás (Foto: Divulgação)

Dois homens e uma mulher que moram em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, foram presos em flagrante pela Polícia Civil após aplicarem o golpe do bilhete premiado, em Goiânia. Duas vítimas da quadrilha, que perderam quase meio milhão de Reais, já foram identificadas.

Os agentes do Grupo de Investigações Criminais (GEIC) começaram a investigar o grupo criminoso em maio passado, depois que uma vítima, que no dia 13 havia perdido R$ 170 mil, procurou a polícia. Com imagens de câmeras de segurança que mostraram por onde os golpistas passaram, os policiais conseguiram identificar os carros usados por eles.

“A partir de então, nós ficamos monitorando as câmeras de tráfego, ocasião em que descobrirmos que um dos veículos tinha retornado à Goiânia no início desta semana. Após diligências, conseguimos flagrar cinco, dos seis suspeitos, deixando a cidade, ocasião em que os prendermos por associação criminosa. Enquanto lavrávamos o flagrante, descobrirmos que eles tinham feito uma nova vítima”, descreveu o delegado Maurício Kai, do GEIC.

Esta segunda vítima, segundo o delegado, havia repassado R$ 270 mil à quadrilha, após ser enganada com o golpe. Imagens de câmeras de segurança de diferentes agências, e de comércios, registraram o momento em que os golpistas abordaram e colocaram uma vítima dentro do carro, e também quando entraram nos bancos para transferir os valores.

Os cinco presos foram identificados como Thainara Guedes Rosa, Andressa Elisabete da Silva Becker, Michel Ferreira de Souza, e Jeferson Rodrigues Martins. Willian dos Santos, que segundo as investigações também faz parte da quadrilha, está foragido.

Golpe antigo
Aplicado há mais de 30 anos, o golpe do bilhete premiado consiste na abordagem de pessoas que caminham sozinhas, geralmente idosas, e que os criminosos deduzem ter consideráveis quantias em bancos. De acordo com Maurício Kai, as pessoas precisam estar atentas, e jamais acreditarem que alguém que ganhou um grande prêmio na loteria irá dividí-lo.

Nos dois crimes investigados pelo GEIC, os golpistas, um deles se passando por uma pessoa de pouco conhecimento, e que teria vindo do interior, abordaram as vítimas após perceberem que elas caminhavam sozinhas, e estavam bem vestidas. Em seguida uma golpista aparece e supostamente oferece ajuda, ocasião em que ela e o comparsa fazem com que vítima siga com eles até uma agência, para supostamente retirar o prêmio. Antes, porém, a vítima é convencida a repassar valores da própria conta para repassar ao dono do bilhete premiado.

Como existe a suspeita que os presos, e o sexto indiciado que fugiu fizeram outra vítimas em Goiânia, o delegado que investiga o caso divulgar as imagens, e identidades deles à imprensa. De acordo com a PC, “a divulgação da imagem dos investigados presos foi procedida, nos termos da Lei 13.869/2019, Portaria Normativa nº 547/2021/DGPC, conforme despacho do delegado responsável pela investigação, tendo em vista o interesse público”.