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Morre abelha que passou mal e recebeu atendimento veterinário em Goiânia

‘Odete’ foi resgatada por uma família que decidiu procurar tratamento

Abelha 'Odete' recebendo tratamento veterinário, em Goiânia

Morreu a abelha Odete‘ que, na última quinta-feira (4), passou mal e foi submetida a um tratamento com o médico veterinário Thiago Augusto Lourenço, em Goiânia. Da espécie mamangava, também conhecida como abelha carpinteira, Odete foi resgatada em cima de um pé de manjericão no dia 9 de junho, com uma das asas machucadas. Dias depois, a família que cuidava da abelha percebeu que a pequena não melhorava e resolveu buscar um especialista.

Segundo o veterinário, algumas das possibilidades da abelha ter passado mal e morrido eram: estar idosa, estar intoxicada devido a algum pesticida lançado no meio ambiente, estar subnutrida e fraca ou a própria mudança de clima.

“É bem complexo e difícil, não é algo rotineiro, mas procuramos fazer o melhor para todos os pacientes, independente da espécie”, disse Thiago. Nesta sexta-feira (5), o veterinário chegou a dizer que o caso era “bem grave”, mesmo Odete tendo sobrevivido à primeira noite internada. “O mais importante nesse caso é a sensibilidade da tutora, que pagou por uma consulta e internação, entendendo a importância dos insetos na nossa sobrevivência”, disse o médico.

A família que resgatou a abelha já cuidou de beija-flor, aranha e marimbondos, que, segundo eles, “não atacavam ninguém”.

Nas redes sociais, internautas torceram pela melhora de Odete. “O povo fazendo chacota sem notar o quão incrível isso é!”, “Elas são de suma importância para nossa sobrevivência! Todo ser vivo tem direito à vida” e “Parabéns para quem resgatou e tentou dar um pouco de dignidade a Odete” foram alguns dos comentários no Instagram.

Abelhas mamangava

As mamangavas são abelhas grandes, robustas e barulhentas. E são essas características que as tornam difíceis de serem predadas. Embora temidas pelo potencial da ferroada, são abelhas solitárias e geralmente não agressivas.

No Brasil, existem mais de 50 espécies de mamangavas. Essas abelhas são capazes de voar longas distâncias e costumam se abrigar em madeiras, onde cavam galerias em galhos, troncos mortos e madeiras secas para construir seus ninhos.

Diferentemente das abelhas sociais que produzem mel e organizam seus favos, as mamangavas constroem suas moradas de forma distinta, armazenando apenas a quantidade necessária de alimento para alimentar as larvas em desenvolvimento.

Abelhas da espécie da Odete são ativas durante todo o ano e precisam de uma grande variedade de flores para manter sua dieta. Elas destacam-se na agricultura como excelentes polinizadoras, especialmente do maracujá.

Além disso, as mamangavas realizam um tipo diferente de polinização. Através da vibração da musculatura do tórax, conseguem liberar os grãos de pólen em plantas como tomates, berinjelas e pimentões. A falta dessas abelhas pode, portanto, afetar negativamente a produção agrícola.

*Com informações do G1