medicina

Pesquisadora da UFG propõe substituir animais em testes de cosméticos por células-tronco

Mestranda foi premiada no Lush Prize 2024, em Londres

Pesquisadora da UFG propõe substituir animais em testes de cosméticos por células-tronco premiada no Lush Prize 2024, em Londres

Uma pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Lauren Dalat, conseguiu recentemente um importante feito na carreira: a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFG foi premiada no Lush Prize 2024, em Londres, com um projeto que propõe substituir os testes em animais na indústria de cosméticos por um modelo que utiliza células-tronco extraídas de dentes.

A pesquisa de Lauren, 25 anos, demonstrou que células-tronco dentárias podem ser usadas para identificar substâncias em cosméticos que possam causar malformações congênitas em bebês. Atualmente, esses testes são realizados em animais ou em células extraídas deles. No entanto, segundo Lauren, os métodos atuais podem não refletir com precisão as reações em humanos.

No Lush Prize, Lauren Dalat sugeriu uma plataforma para testar substâncias em cosméticos que combina pele humana 3D com células-tronco dentárias.

A pesquisadora venceu na categoria Jovem Pesquisador e recebeu um prêmio de 10 mil libras esterlinas (quase R$ 69 mil). Ela disse que o dinheiro será utilizado para continuar a pesquisa, pois o modelo de testagem proposto ainda não está pronto para uso na indústria.

Lauren faz parte de um grupo de pesquisa dedicado a encontrar alternativas para testes em animais, sob a orientação da professora Marize Campos Valadares, no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Toxicologia In Vitro da Faculdade de Farmácia da UFG (Tox In-FF/UFG).

Dalat destacou que a testagem com células-tronco dentárias oferece um método mais confiável e ético para testar cosméticos, garantindo a segurança dos consumidores sem o uso de animais. “O principal problema dessa metodologia [teste em animais], além de ser eticamente questionável, é a possibilidade de variação entre as espécies, ou seja, a resposta do animal pode não ser igual à resposta humana”, explicou ela ao G1.