Justiça

Técnicos demitidos da Fonte da Vida após culto pedem R$ 1,5 milhão de indenização

Demissão de técnicos de som teria ocorrido em razão da insatisfação do líder da igreja, Apóstolo César Augusto, com a qualidade do som

Igreja Fonte da Vida (Foto: Reprodução)
Igreja Fonte da Vida (Foto: Reprodução)

Demitidos depois de um culto evangélico que aconteceu em Goiânia no dia 21 de abril, técnicos de som da empresa Kingsound Eventos decidiram processar a igreja Fonte da Vida e pedir indenização de R$ 1,5 milhão.

A demissão teria ocorrido em razão da insatisfação do líder da igreja, Apóstolo César Augusto, com a qualidade do som.

O valor de R$ 1,5 milhão diz respeito a dois processos – o primeiro deles, movido pelo dono da Kingsound, Kleber Rudi Monteiro da Silva. Ele reivindica reparação por dano moral, horas extras, adicional noturno, intervalo intrajornada, verbas rescisórias, reconhecimento de relação de emprego, duração do trabalho e rescisão do contrato de trabalho. O valor da causa ele é de R$ 850,1 mil e o caso está sendo julgamento no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Goiânia. A primeira audiência está marcada para 02 de agosto.

“A minha fé, respeito e admiração pela igreja e pela liderança se mantêm inabaláveis. O que eu, por meio dos meus advogados, coloquei em questão foram os termos da relação trabalhista”, afirma Kleber ao Mais Goiás.

No processo, Kleber afirma que uma das pastoras e administradoras da igreja, cujas iniciais do nome são J.D., ofendia a equipe com frequência ao chamá-los, por exemplo, de “burros”, “incompetentes” e “sonsos”. Ele diz também que era obrigado a subir o alçapão da sede da Fonte da Vida sem os devidos equipamentos de proteção individual, o que o expunha a riscos.

Kleber afirma também que foi levado a mudar o seu contrato para pessoa jurídica e alega que o motivo era livrar a contratante de encargos trabalhistas. A ‘pejotização’ teria durado cerca de dois anos e ele agora afirma que quer reaver esses direitos.

Segundo processo
O segundo processo foi movido por John Allysson Bernardo Pereira. Ele cobra indenização por dano moral, horas extras, adicional noturno, intervalo intrajornada, verbas rescisórias, salário por acúmulo de cargo/função, reconhecimento de relação de emprego, indenização por dano material, diferença salarial, duração do trabalho e rescisão do contrato de trabalho. O valor da causa é de R$ 453,4 mil.

O Mais Goiás tentou contato com a igreja, mas ainda não teve retorno. Se houver, a matéria será atualizada.