Autódromo

Goiânia pode voltar a sediar MotoGP após quase 30 anos

Governo de Goiás busca acordo para voltar a sediar etapa em 2026, sendo que a última prova aconteceu em 1989

Autódromo de Goiânia vista de cima
Governo de Goiás tem a expectativa de assinar contrato até o mês de agosto. Foto: Seel

Após quase três décadas, a cidade de Goiânia pode voltar a receber uma etapa da maior categoria da Federação Internacional de Motovelocidade (FIM). O Governo de Goiás enviou um protocolo de intenções com a empresa Dorna Sports, responsável pela realização das etapas da MotoGP, para trazer uma prova para a capital goiana. O objetivo é garantir no Autódromo Internacional Ayrton Senna, as provas nos anos de 2026, 2027 e 2028, renováveis para 2029 e 2030, sendo a primeira em março de 2026.

Goiânia já foi uma das ‘casas’ da MotoGP nos anos 80, tendo sediado em 1987, 1988 e 1989, no antigo Autódromo Internacional de Goiânia. Na carta de intenção, o Governo de Goiás confirma a intenção de atender todos os pedidos e as reformas necessárias e obrigatórias da FIM. A cidade anseia por voltar ao calendário internacional da motovelocidade e a confirmação de novas etapas do GP em Goiânia promete trazer uma série de benefícios econômicos e sociais para a região, consolidando Goiás como um importante centro esportivo no Brasil.

A comissão do Governo de Goiás, composta pelo secretário-geral de Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima, e pelo secretário de Esportes e Lazer (SEEL), Rudson Guerra, se reuniu com o presidente da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, quando o protocolo foi assinado em Madri, na Espanha, onde fica a sede da empresa. O procurador da SGG, Daniel Garcia, também esteve presente.

Agora, o Governo de Goiás inicia a discussão das minutas jurídicas do contrato da etapa brasileira com a Dorna. A expectativa é que, se tudo ocorrer conforme o esperado, o contrato seja assinado entre a empresa e o Estado até o final do mês de agosto.

Para Adriano da Rocha Lima, a visita à Europa é estratégica para consolidar Goiás como um importante destino no cenário internacional da motovelocidade. “É sempre importante uma dose de prudência, há detalhes a serem discutidos, mas está tudo dentro daquilo que nós imaginamos. Assinamos o protocolo de intenções e já começamos a discutir o contrato”, destacou.

Rudson Guerra ressaltou os investimentos feitos na infraestrutura esportiva desde 2019, o que credencia o Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna a receber um evento do porte da MotoGP. “Fizemos investimentos importantes em termos estruturais e de segurança no Autódromo. Prestes a completar 50 anos, no dia 28 de julho, o Autódromo passou recentemente por uma revitalização, que envolveu a pista, os boxes e os camarotes”, pontuou o secretário de Esportes e Lazer. “Conforme determinação do governador Ronaldo Caiado, Goiás será referência para o motociclismo mundial”, completou Rudson Guerra.

Desde o último sábado (29/06), a comitiva está em missão na Europa para garantir a realização dos grandes prêmios em Goiânia. A primeira parada foi em Groningen, na Holanda, onde os representantes goianos acompanharam o GP de Assen, uma das etapas mais prestigiadas do circuito mundial. Em seguida, a delegação se dirigiu a Madri, na Espanha, para a reunião desta segunda-feira.

Além das reuniões com diretores da Dorna Sports, há ainda a previsão de visita à embaixada do Brasil na Espanha na terça-feira (02/07). Goiânia anseia ser a sede da etapa sul-americana de motovelocidade, substituindo o GP da Argentina. A última edição da MotoGP no Brasil foi em 2004, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ).