Covid-19: Aparecida confirma primeiro óbito pela sublinhagem BQ 1.1
Trata-se de um homem de 38 anos, hipertenso, com esquema vacinal incompleto
A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia confirmou o primeiro óbito pela sublinhagem BQ 1.1 da variante Ômicron do vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19. A confirmação ocorreu no dia 2 de dezembro, através do Programa Municipal de Sequenciamento Genômico, que analisa a informação genética de amostras positivas de RT-PCR coletadas na cidade. A divulgação do caso, contudo, foi nesta terça (13).
O primeiro óbito em decorrência da contaminação com BQ 1.1 é de um homem de 38 anos, hipertenso, com esquema vacinal incompleto. Ele sentiu dor torácica leve, que se intensificou durante o período noturno. Na madrugada do dia 23 ele apresentou quadro de dispneia intensa e progressiva, seguida de irresponsividade. O SAMU foi acionado para atendimento do paciente, que não resistiu e morreu.
Assim, a prefeitura foi notificada no dia 23 de novembro sobre o óbito em um domicílio com diagnóstico para Covid-19. Com isso, passou a investigação e o material coletado no paciente foi encaminhado para análise genética, que confirmou a BQ 1.1.
Dados
Segundo os dados da Vigilância Genômica do município, neste ano, 99,7% das amostras analisadas eram Ômicron. O Programa também identificou 30 sublinhagens dessa variante. A BQ 1.1, que chamou a atenção de autoridades em todo o País por estar relacionada ao aumento recente de casos de Covid-19, foi identificada pela primeira vez na cidade nos 15 dias iniciais de novembro.
“No mundo todo já foram identificadas mais de 300 sublinhagens da Ômicron. Em Aparecida, encontramos 30 delas. Estamos sempre atentos e investigando qualquer alteração em nosso cenário epidemiológico. Esse olhar científico é fundamental para a eficiência das nossas respostas no combate à covid-19”, afirma o secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães.
O titular da pasta avalia que de modo geral a rede municipal não sofreu impactos com a presença BQ 1.1, mas que a situação segue monitorada de perto. “Não há evidência de que essa subvariante esteja associada a uma maior gravidade da infecção, apesar da alta transmissibilidade. Nossa estratégia permanece aquela indicada pela OMS: testar, monitorar, cuidar e, principalmente, vacinar.”