Operação prende quatro torcedores do Goiás suspeitos de deixarem frentista na UTI após agressão, em Goiânia
Um outro envolvido foi preso no dia do crime, segundo o delegado Samuel Moura
Uma operação da Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (4), dois homens e duas mulheres – membros da torcida organizada do Goiás – suspeitos de agredirem um frentista no dia 20 de março deste ano, em um posto de combustível do Setor Bueno, em Goiânia. Além dos quatro investigados, um outro envolvido foi capturado no dia do crime.
No dia da confusão, a vítima, cujo nome não foi revelado pela corporação, ficou gravemente ferida e precisou ser internada Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Ele continua internado, em coma, e respira com ajuda de aparelhos. Imagens de circuito de segurança do estabelecimento mostram que o trabalhador foi atingido com vários golpes de capacete.
Investigações
O delegado Samuel Moura, responsável pelo caso junto com Marcus Cardoso, informou que as apurações, se iniciaram no dia do fato e mostraram que os cinco suspeitos estavam andando pelas ruas da capital quando avistaram um homem vestido com uma camisa do Corinthians.
De imediato, eles abordaram a vítima, a agrediram e roubaram a sua roupa. Segundo Samuel, torcedores cometeram o crime para exibir o uniforme como “troféu”. O espancamento, porém, começou quando o mencionado frentista tentou defender o torcedor agredido.
“A vítima foi brutalmente atingida com um capacete e, conforme o boletim do hospital, segue internada em coma e respira com ajuda de aparelhos”, ressaltou Moura.
O investigador disse também que os agressores ainda atearam fogo à camisa do Corinthians roubada no ataque.
Prisão
No dia do crime, um envolvido foi preso e, após investigações, a Polícia Civil conseguiu chegar até os outros quatro suspeitos – que foram detidos em Goiânia, nesta terça.
O delegado Samuel Moura revelou ainda que os cinco têm registros criminais por diversos crimes envolvendo a torcida organizada. Se condenados, responderão por associação criminosa, tentativa de homicídio e por roubo.
Durante a prisão, a corporação também cumpriu mandados de busca e apreensão em Trindade, Goianira e em Aparecida.
“A divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e despacho da autoridade policial responsável pelas investigações, justificada na possibilidade real de identificação de novas vítimas”, finalizou a Polícia Civil.
O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria do Goiás Esporte Clube, mas o time preferiu não se manifestar sobre a situação.