Crítica: O Paraíso e a Serpente (minissérie) | Netflix
Atuação soberba de Tahar Rahim e um enredo astuto e angustiante, a minissérie é um dos melhores shows lançados até agora em 2021
Minissérie britânica com oito episódios lançada pela Netflix, “O Paraíso e a Serpente” é baseado na história real de Charles Sobhraj, que nasceu em 1944 no Vietnã e viveu sua vida entre a França e a Ásia. Sua primeira prisão aconteceu em 1963 e lá conheceu Felix d’Escogne, com quem foi morar após ser libertado. Charles se tornou um vigarista de primeira. Astuto e manipulador, conseguia com charme e carisma enganar turistas para depois drogá-los, assassiná-los e roubar os passaportes e dinheiro. A morte de um casal holandês despertou o interesse de um diplomata também holandês chamado Herman Knippenberg, que começou a investigar e a descobrir histórias cada vez mais comprometedoras sobre Sohhraj.
Pesquisando mais a fundo sobre Sobhraj, é claro que a série não vai conseguir explorar totalmente sua vida de atrocidades e violência. Mas o show estrelado por um maravilhoso Tahar Rahim, não apenas é eficiente em transmitir a frieza do personagem, como nos coloca em condição de participantes de seus atos.
Cada episódio a tensão só cresce e o enredo é soberbo ao trabalhar nuances que fazem toda a diferença na construção do suspense. Sobhraj, com sua fala mansa e olhar compenetrado, torna cada detalhe instável e ameaçador. Amo quando um filme, ou série, usa isto de tal modo que um simples copo com bebida é capaz de despertar receio, medo e insegurança.
Disponível na Netflix, a minissérie “O Paraíso e a Serpente” é um programa obrigatório que vale muito, mas muito a pena. Um dos melhores do ano até agora. Recomendado!
The Serpent/REINO UNIDO – 2021
Nº de episódios: 08
Com: Tahar Rahim, Billy Howle, Jenna Coleman, Ellie Bamber…