Você tem medo de amar?
É possível reaprender a conjugar o verbo amor. A intuição dá sinais que leva a tesouros que na maioria das vezes, não estão no fim do caminho. Estão em toda parte.
Parece difícil, não é? Confiar parece complicado quando tudo que foi aprendido aponta para uma idealização além da realidade.
Talvez, talvez, esteja na hora de descer o príncipe do cavalo. Deixá-lo viver a própria vida sem a missão de salvar a sua.
Talvez, talvez seja o momento de descer a donzela do posto de perfeita. A boa de bunda e de cara, e que aceita sem questionar, suas saídas nebulosas.
Talvez. Talvez, esteja na hora de aprender olhar pro caminho com um pouco mais de racionalidade para perceber as oportunidades de cultivo que ele oferece.
Eu sei. Parece complicado abrir mão da falsa independência sentimental a tanto custo conquistada para desaprender e permitir alguém entrar.
Aparentemente, não há um momento linear tangível na vida, onde conseguiremos sentir todas as sensações em suas devidas medidas. Hora parece estarmos correndo para preencher todas as lacunas que a ausência faz presente, hora estamos tentando equilibrar para não fazer do afeto, uma explosão além do que o outro está preparado para receber.
Eu sei. Ser adulto parece meio confuso. onde querer gostar é impulso em um momento, e o medo é freio em outro.
Olha, se é possível dar um sopro de alívio em meio ao furacão que o mundo aparenta, te digo que: confiar que todos os processos estão nos levando para o melhor, é o lugar ideal que você deve ancorar.
Se aprendeu a querer tudo pronto, aprenda construir.
Se aprendeu esperar alguém para te salvar, experimente salvar-se a si.
Se aprendeu esperar alguém que te aceite como é, experimente aceitar você também o outro, com seus questionamentos, seus medos e sua bagagem, comum de todos.
Se aprendeu idealizar paixões avassaladoras como cometas, experimente fazer estrelas, naturalmente mais resistentes que a própria morte.
Se desaprendeu confiar, experimente confiar em si.
A intuição dá sinais que leva a tesouros que na maioria das vezes, não estão no fim do caminho. Estão em toda parte.