Ana Paula Rezende acerta ao não disputar Prefeitura
Ana Paula Rezende desiste de candidatura à Prefeitura de Goiânia e mostra que tem ótimo raciocínio político
Ana Paula Rezende não será candidata à prefeita de Goiânia. Em entrevista à coluna Giro assinada por Caio Henrique Salgado, a filha de Iris Rezende disse que, em respeito ao legado do pai, não tentará ocupar o lugar que um dia foi dele. Uma decisão prudente. Ana Paula sabe que a próxima gestão enfrentará desafios consideráveis de caixa e no relacionamento político com os vereadores. No caso de vitória eleitoral e fracasso na gestão, colocaria a história do pai em xeque. Optou por preservar a memória de Iris. Creio que fez o certo. Eu faria o mesmo.
Ela tem dois ativos de peso para encarar a disputa: um partido com tradição na capital e o sobrenome. Itens importantes, é claro. Mas insuficientes para uma corrida eleitoral que promete ser disputadíssima.
Com o anúncio de Ana Paula e a incerteza jurídica envolvendo Gustavo Mendanha, Bruno Peixoto deve estar dos mais felizes. O MDB, partido que mais vezes elegeu prefeitos de Goiânia desde a redemocratização, fica sem nome natural para a disputa. Com isso, o presidente da Alego salta na frente por conta do arranjo político estadual encabeçado por Ronaldo Caiado.
Ana Paula mostrou que tem o pé no chão ao perceber que a imponência política do seu sobrenome pode ser pouco para garantir uma administração à altura do que a cidade precisa. Pedigree conta, mas existem muito outros elementos que somam para que um político tenha êxito em seus projetos. Experiência é um deles. Ela reconhece sua pouca vivência política e pensa em disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. Mais uma vez, mostra sensatez.
Como não descartou o sonho de candidata, pode ser que a de vereadora não seja concretizada. Tenho certeza que Bruno Peixoto aceitaria Ana Paula e o MDB como vice em sua chapa de braços abertos.
@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução