Coluna do Pablo Kossa

Aparecida de Goiânia é a campanha do tiro, porrada e bomba

Porradaria está comendo solta no segundo turno entre Leandro Vilela e Professor Alcides

Para quem gosta de MMA, o segundo turno em Aparecida de Goiânia está no nível do meme do Martin Scorsese: absolute cinema. Se a referência está muito cult, beleza, posso também citar outro ícone, a Valesca Popozuda: é tiro, porrada e bomba para nenhum fã do octógono reclamar. Leandro Vilela e Professor Alcides abriram a caixa de ferramentas e a pancadaria é geral.

Que a coisa no segundo maior município goiano iria pegar essa trilha já estava desenhado desde o primeiro turno. Era consenso no mundo político que a distância do candidato do PL não iria permanecer naquele latifúndio de pontos percentuais do começo da corrida. Mas era incerto apostar em uma virada. Ela aconteceu.

Além dos significativos apoios de Ronaldo Caiado e Gustavo Mendanha, mais efetivos na conquista do voto do que o sobrenome Vilela, os ataques foram fartos em cima do bolsonarista. Deu certo.

Em estratégia camicase, Alcides optou por se esconder. Não foi a debates, furou todas as entrevistas. Enquanto Leandro o golpeava sem pena, ele não aparecia pra se defender,mostrar sua versão dos fatos e muito menos contragolpear. O resultado foi visto no primeiro domingo de outubro.

Alcides agora resolveu mudar a estratégia. Botou o time no ataque e partiu também pra pancadaria. Leandro não recuou e a disputa virou trocação. Ótimo pra quem gosta de ver sangue, péssimo pro eleitor que gosta de moderação.

No pouco mais de uma semana que resta para sabermos quem vai comandar a cidade nos próximos quatro anos, o aparecidense não precisa contar com recuos ou correções de rota. Tudo leva a crer que os ataques ficarão ainda mais violentos.

Tirem as crianças da sala. A reta final em Aparecida de Goiânia não é indicada para menores de idade.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução