Carnaval, ziriguidum, telecoteco e muito post nas redes sociais

Carnaval na área, meu filho. Sei de gente que vai pra roça, sei de gente que vai botar a leitura ou as séries em dia, sei de gente que vai compensar no travesseiro a falta de sono que os dias de labuta impõem, sei de gente que vai pegar firme na oração em encontros religiosos. Tudo certo. Cada um que aproveite o ócio da forma que mais lhe apraz. 

Mas não são desses, digamos, métodos alternativos de curtir a folga que falo hoje. A conversa aqui é sobre o carnaval raiz. 

É pra quem gosta do furdúncio, do problema, da confusão. Da esbórnia, da farra, da orgia. Da bagunça, da baderna, da pegação. Da bebedeira, da algazarra, da anarquia. Da festança, do barulho, do alvoroço. 

De estar meio alcoolizado antes das 11 da manhã sem ter ingerido nada sólido no dia. De não se lembrar como chegou em casa. E principalmente para quem não sabe por que não dormiu em casa e nem que casa é essa em que acordou.

Gente como eu e você.

E gente como eu e você P-R-E-C-I-S-A colocar nas redes essa zona idílica carnavalesca. Bicho, não há nada no mundo mais instagramável que carnaval. 

O visual é espalhafatoso, o sorriso vem da alma, o suor tem seu charme, o rebolado é sempre sexy. Dias maravilhosos em que o superego passa longe. Quer situação mais perfeita para um registro?

Pode ser foto, pode ser vídeo. Pode ir para o feed, pode ser só story. A imagem ficará perfeita.

Talvez lhe cause algum tipo de complicação social, é verdade. Mas, você sabe, é carnaval… E quem está julgando foto alheia durante a folia tem mais é que morrer de inveja mesmo.

Divirta-se! E quero ver sua foto nas redes, viu?

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Jucimar de Sousa / Mais Goiás