Copa do Mundo do outro lado do mundo atrapalha a farra brasileira
Copa do Mundo de Futebol Feminino acontece no pior fuso horário possível para nós que queremos assistir aos jogos aqui no Brasil
Copa do Mundo de Futebol Feminino rolando, partidas empolgantes acontecendo na Austrália e Nova Zelândia, atletas dando sangue e mostrando talento de sobra. Enquanto isso, nós aqui passando o café e olhando para o relógio que sempre mostra que estamos atrasados pro trampo. Nada mais brochante.
Futebol combina com um tira-gosto gorduroso e cerveja gelada na mesa, não com café coado e pão na chapa.
Tenho a impressão que se essas partidas estivessem acontecendo em um fuso mais amigável ao brasileiro, nosso envolvimento com a competição seria ainda maior. Observe que usei o ainda, pois não nego que o interesse está maior do que em outras ocasiões. O ponto é que o horário não ajuda.
Já vimos isso quando os Jogos Olímpicos rolam para aquelas bandas do planeta. Ou ainda nas partidas da Seleção Brasileira do penta em 2002. Não há a mesma mobilização.
O serviço público e algumas empresas, de forma admirável, deram folga aos trabalhadores para que possamos assistir aos jogos das garotas brasileiras. Deixo aqui meu elogio. Eu quero ver se terão a mesma atitude na próxima Copa Feminina, em 2027.
Até o momento, os países candidatos a receber o evento são: Brasil; África do Sul; Holanda, Bélgica e Alemanha de forma conjunta; e México e Estados Unidos, também numa única propositura. Até dezembro outros países podem se candidatar. Saberemos quem sediará a Copa seguinte em maio de 2024.
Todos os fusos horários até agora candidatos são mais amigáveis ao proletário brasileiro. Quero ver se o patronato terá a mesma postura daqui quatro anos, nos liberando para um feriado de cunho futebolístico no meio da semana, no meio do expediente.
Já estou de cá contando os dias.
@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Thais Magalhães – CBF