Fiação inútil emporcalha a cidade e deixa Goiânia um lixo

Fiação inútil é o que não falta nos postes de Goiânia. Basta você olhar pra cima que sua vista será contemplada com uma maçaroca que enoja. Esse é um problema que vem de longe e que gestão alguma se mobilizou para resolver. Fomos empurrando com a barriga e a situação só piora, é claro. Parabéns à Prefeitura de Goiânia por ter lançado o programa Cidade Segura que está retirando dos postes goianienses os cabos que não servem mais pra nada, emporcalham nosso olhar e colocam em risco os transeuntes. Baita bola dentro.

Quando falo que se trata de um perigo ter essa quantidade colossal de fios sem uso não faço uso de hipérbole. O risco é real. Postes podem ceder por conta do peso excessivo, fios arrebentados causam acidentes de trânsito. Além da feiura monstro, né? Se não serve pra nada e polui o visual, tem que ser retirado.

Esse serviço deveria ser feito pelas mais de 200 empresas de telefonia e internet que usam os postes de Goiânia. A responsabilidade de retirar os fios quando estes se tornam inúteis é delas. Como não há fiscalização, vão ficando. Ainda passam por cima de nossas cabeças cabos da época da Telegoiás e da Cotelgo, tem base?

Em 15 dias de trabalho, mais de sete toneladas de fios foram retirados de cinco bairros: Jardim Europa, Jardim Planalto, Vila União, Vila Mutirão I e II. O trabalho do Cidade Segura era para terminar em toda cidade até o final do ano mas não será possível. Será preciso seguir por 2024. Sem problemas. O serviço é muito. Que seja concluso no tempo que for necessário. A expectativa é que, ao final, 300 toneladas de cabos seja destinados à reciclagem.

Mais uma vez, deixo meu elogio à Prefeitura pela iniciativa. E que o trabalho de fiscalização siga depois de completa essa fase de retirada, não permitindo que a atual situação de descalabro se repita dentro de alguns anos. Por ora, torço para que chegue logo o dia em que possamos olhar para o belo céu de Goiânia sem aquele emaranhado de fios estragando a paisagem.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: divulgação/Enel