Coluna do Pablo Kossa
Goiânia 90 anos com 90 coisas legais que a cidade tem ou já teve
Goiânia 90 anos é o momento propício para uma lista de 90 coisas divertidas e interessantes que a cidade tem ou teve um dia
Goiânia 90 anos. E pensar que mesmo ainda jovem se pensarmos na idade de cidades em geral, a capital goiana já tem muita história para contar. Puxando da minha cabeça de quem tem 44 anos de vida todos passados por aqui, deixei meus pensamentos fluírem com minha memória combalida sobre coisas que já foram legais e não existem mais, foram divertidas e hoje nem tanto ou que ainda têm muito pra oferecer. Na semana do aniversário da cidade, faz todo sentido essa lista.
- Ver o Mauricinho Hippie pedalando florido pela cidade.
- Trombar com o From Hell declamando poemas em alguma esquina do Centro.
- Ir ao Parque Vaca Brava com a juventude de roupa esquisita.
- Xingar a playboyzada que avacalha o Vaca Braca no dia de resultado do Enem.
- Descer a rampa do Serra Dourada para pegar o ônibus gritando: “É campeão!”.
- Ver toda a cidade do alto do Morro do Além.
- Ficar observando a arquitetura art déco do Setor Central.
- Dar uma volta no Parque Areião.
- Visitar o Museu do Pedro Ludovico.
- Descer a Avenida Araguaia de skate até o Mutirama.
- Brincar no Mutirama.
- Comer a pamonha frita do Mutirama.
- Tirar uma foto em frente ao Monumento das Três Raças.
- Ficar uma tarde lendo gibis na Gibiteca Jorge Braga.
- Depois pegar um filme no Cine Cultura.
- E depois descer para a Rua 8 e tomar umas por lá.
- Ficar de cara com o tanto de prédio sem noção ao redor do Parque Flamboyant.
- Perder a paciência com o trânsito nas ruas de Campinas.
- E depois de parar o carro, ser perder pelo comércio da boa Campininha.
- Dar uma volta pelo Centro Cultural Oscar Niemeyer.
- Fazer um pedal ao redor do Campus 2 da UFG.
- Ter o lanche roubado pelos macaquinhos universitários da UFG.
- Comprar alguma quinquilharia na Feira da Marreta.
- Passar frio em um show da Pecuária.
- Assistir um festival no Martim Cererê.
- Dar um rolê pelas pracinhas do Setor Sul.
- Jogar basquete na Praça do Avião.
- Depois, comer um pastel com suco de laranja na pastelaria da Praça do Avião.
- Sentir saudades do cachorro quente da Lojas Americanas da Anhanguera.
- E também ficar saudoso do cheiro de sauna que vinha do Jóquei Clube.
- Almoçar com a família no Bologna da Rua 3.
- Se perder nos sebos da Rua 4.
- Comer um biscoito na J. Pereira da 55.
- Depois ir andando até a Hocus Pocus para comprar um gibis.
- Passear pelos lagos do Bosque dos Buritis
- E depois visitar o Museu de Arte de Goiânia.
- Não entender a razão pela qual não usam mais o palco do Jardim Botânico.
- Também não entender por que fizeram o que fizeram com o Estádio Olímpico.
- Assistir um espetáculo no Teatro Goiânia.
- E na sequência passear pela Vila Cultural Cora Coralina.
- Nadar no João Leite no fundo do Jardim Pompeia.
- Comer um espetinho na Praça da Bíblia.
- Depois pegar o Eixo Anhanguera até o Padre Pelágio.
- Não entender como o trânsito ao redor do Detran pode ser tão complicado.
- Admirar os grafites nos muros da cidade.
- Passear na Feira do Cerrado no domingo de manhã.
- E depois ir para o Memoria do Cerrado.
- Ir ao menos uma vez na Tô nos 30 do Bolshoi.
- Comer uma feijoada com samba no Quintal do Keké.
- Terminar uma noite com um pastel gigante do Kuka.
- Não entender a lógica da numeração das ruas do Setor Bueno.
- E a mesma coisa no Jardim América.
- E a mesma coisa na cidade inteira.
- Jogar bola na Praça dos Esportes do Setor dos Funcionários.
- Comer um pit dog na Rua 10.
- Se perder no Guanabara procurando móveis.
- Passar raiva com os preços da 44.
- Ficar triste com o vazião da Bernardo Sayão.
- Encarar a decepção de que não existe um bairro chamado Fama.
- Nunca saber se o violeiro da Praça do Violeiro está com a viola ou não.
- Pensar por que o Anhanguera antes tinha uma praça e agora é um tamborete.
- Comer aquele mocotó no Bar do Piry.
- Ficar com medo da água que sobe do Lago das Rosas em dia de chuva.
- Não ver nenhum hippie na Feira Hippie.
- Passear pelo Mercado da Rua 3 e comer uma empada.
- Um biscoito frito também vale.
- Se bem que o biscoito frito do Mercado da 74 é melhor.
- Ficar decepcionado do Zoológico ainda funcionar naquele lugar inapropriado.
- Amanhecer na feira do Cepal do Setor Sul comendo salgados.
- Vale o mesmo para a Feira da Fama.
- Da Vila Nova também.
- Do Guanabara também e você já entendeu o espírito da coisa.
- Levar um frango de padaria para o almoço de sábado.
- Não entender por que fazem cooper no asfalto da Ricardo Paranhos.
- Ficar puto com o mau cheiro que invade Goiânia na época da seca.
- E ficar mais puto ainda com o BRT que não termina nunca.
- Passar uma tarde lendo na Evoé com um café nas mãos.
- Sentir saudades do Honky Tonk.
- E de quando o Bougainville era point descolex da cidade.
- Brigar por pamonha em dias chuvosos.
- Beber várias no Bar da Tia na Praça Universitária.
- E depois seguir andando até o chorinho no Grande Hotel.
- Pegar a BR-153 sentido Aparecida a dois e cheio de más intenções.
- Não entender por que ainda hoje a tela do Cine Canoeiro está por lá.
- Levar quem visita a cidade pra conhecer onde a cápsula do césio 137 foi aberta.
- Não aguentar piadas desses amigos de fora sobre Goiânia e música sertaneja.
- Ficar saudoso pelos cinemas do Centro e feliz que ainda temos o Ritz.
- Ficar triste com a situação dos coretos da Praça Joaquim Lúcio e da Praça Cívica.
- Lembrar de quando o Setor Pedro Ludovico era uma quebrada.
- E também de quando o Parque Amazônia era só terra.
E aí? O que faltou na lista acima?
@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução