Marta emociona o Brasil após vexame da Seleção
Marta dá entrevista de cortar o coração após a Seleção Brasileira decepcionar e ser desclassificada na primeira fase da Copa do Mundo
Marta é a maior de todas. Marta está na história. Marta é a rainha do futebol. Marta não tem uma Copa do Mundo.
Na boa, azar da Copa. Como sempre falamos que a Copa é quem perde ao não ter Zico, Cruyff, Puskás, Di Stéfano e outros gigantes consigo. Sim, Marta está nesse seleto rol de craques que não conquistaram o troféu mais desejado do mundo futebolístico. Paciência.
A emoção de Marta na entrevista concedida após a partida contra a Jamaica que mandou as brasileiras de volta pra casa é daquelas que doem na alma. O Brasil tem orgulho da camisa 10 e queria que ela fechasse sua belíssima trajetória com a amarelinha levantando a taça. Não deu.
Na entrevista, ela cumpriu com seu papel de líder. Enfatizou o talento da nova geração e reforçou que as atletas que decepcionaram hoje têm potencial de sobra para impressionar nos próximos anos. Tomara que ela esteja certa.
Contudo, precisamos separar as coisas: a carreira da Marta é farta em glórias e isto é ponto pacífico; a participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2023 foi um grande fiasco. E Marta tem muito pouco a ver com isso. Só não digo nada por que ela está no grupo e sempre quando estamos participando de um coletivo e as coisas dão errado, temos todos nossa parcela de responsabilidade.
O time só mostrou criatividade no primeiro embate contra o frágil escrete panamenho. Contra a França teve garra, mas faltou talento. E foi punido ao cometer uma falha pueril de marcação no segundo gol das francesas. No confronto final contra a Jamaica, o vexame se materializou. A Jamaica é uma seleção que tem muito menos apoio que a brasileira, estrutura amadora a ponto do time ter feito vaquinha para jogar o torneio na Oceania, tradição perto de zero. E nossas compatriotas sucumbiram.
Faltou inspiração, faltou capricho, faltou tranquilidade. Méritos da Jamaica, evidentemente. Parabéns às Reggae Girlz, como são chamadas. E que a queda precoce das brasileiras sirva de aprendizado para edições futuras da Copa.
@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução/Globo