Amanhã, será um novo dia?

Vivemos a incerteza de um país que não pode dar ao seus cidadãos nenhuma garantia a não ser a de que mudanças são necessárias.

A certeza de que na verdade as certezas não existem nunca foi algo tão palpável como no Brasil de agora. Infelizmente ao falarmos da realidade imediata não conseguimos ter a dimensão do quanto o país esta mudando.

O único momento em que as mudanças acontecem é exatamente nas crises. A constatação de que a receita que vinha sendo usada não deu certo é o primeiro passo pra que as mudanças possam acontecer.

Time que esta ganhando não se mexe e ainda assim quando esta empatando a tendência no Brasil seria deixar como esta, pra não correr o risco de piorar.

Só que de tanto empatar nosso saldo começou a ficar negativo e isso não é só na politica. Na educação, da economia, nas empresas, nos lares e mesmo nos locais em que a crise não “chegou” de forma avassaladora é visível que os hábitos começam a mudar.

Fomos expulsos da zona de conforto, ainda que os semáforos continuem no mesmo lugar, que o sol permaneça cumprindo seu ciclo de surgir e depois desaparecer, as pessoas estão mudando.

O Way of life do “deixa a vida me levar” não cola mais, não dá pra esperar que algo aconteça, que as ações se realizem sozinhas e que de algum modo a vida se ajeite.

Pouco tempo atrás o Brasil estava na moda, estrangeiros aprendendo a falar português e seríamos o país do futuro.

O futuro chegou e nós não estamos preparados, mais uma vez.

Aparentemente o Brasil que não imaginava que políticos poderiam ser presos, a inflação poderia voltar a ser alta e que já havia esquecido o que era crise econômica, acordou e percebeu que tudo isso passou a ser realidade.

É difícil ver o sofrimento das pessoas e ao mesmo tempo é necessário, é difícil não ter a sensação que não se sabe o que poderá ser do nosso amanhã, porém é justamente isso que pode nos tornar uma nação melhor. “É hora de fazer a travessia”.