O precário futebol do interior
Mirassol, autossuficiente, serve de exemplo para clubes goianos
Vem aí o Campeonato Goiano e mais uma vez os times do interior surgem como meros coadjuvantes. Não se pode esperar muito de clubes mal estruturados, dependentes de ajuda financeira do poder público e estádios mantidos pelas prefeituras. Tirando o Grêmio Anápolis, campeão de 2021 e que é gerido por empresários portugueses, nenhum tem projeto consolidado de continuidade.
Faltando menos de um mês para começar o campeonato, o que se ouve são reclamações de que os estádios do interior estão inadequados para sediar jogos da competição. Além da falta de conforto para público, imprensa, atletas e arbitragem, os campos também deixam a desejar, muitos com gramados antigos, sistema de drenagem precário e iluminação fora dos padrões exigidos.
Dois jogos da primeira rodada, à princípio, estão marcados para o período da tarde, pois a federação ainda não tem informação sobre as condições do sistema de iluminação dos estádios: Inhumas x Anápolis; e Iporá e Morrinhos. É muita precariedade para clubes que almejam uma classificação para competições nacionais, como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
É hora de repensar o futebol do interior. Mirem-se no exemplo do Mirassol, do interior de São Paulo, um clube que investe na base e usou recursos da venda de jogadores para investir na estrutura. O Mirassol, que acaba de subir para Série B do Brasileirão, tem um dos centros de treinamentos mais modernos do País.