Charada (1963) | Relembrando Clássicos
Longa-metragem é estrelado por Cary Grant e Audrey Hepburn
Um homem vende seus bens e acumula um valor de $250 mil dólares (para a época era muita coisa), e dias depois é encontrado morto jogado de um trem em movimento. Sua esposa, Regina Lampert (Audrey Hepburn), está de férias nos Alpes suiços e pensando em se divorciar do marido. O casamento não vai bem. Ao voltar para Paris, ela encontra o apartamento vazio e recebe a notícia trágica da morte do companheiro. No enterro, três homens suspeitos aparecem e não parecem nada lisongeiros. Afinal, quem o matou? Ou melhor, o que aconteceu com o dinheiro? Para quem o falecido deixou? Perguntas que tanto Regina quanto os demais personagens deste ótimo “Charada” estão atrás, e eles farão de tudo para conseguir a grana.
Dirigido por Stanley Donen, diretor de musicais excelentes como “Cantando na Chuva” e “Cinderela em Paris”, entrega aqui um daqueles filmes irresistíveis onde a todo momento estamos perguntando quem está enganando quem. Nenhum pergonagem escapa do roteiro afiado de Peter Stone e Marc Behn, e o longa trabalha com maestria a dubiedade principalmente dos nossos protagonistas.
Na trama, Regina vai conhecer um sujeito chamado Peter Joshua (o sempre ótimo Cary Grant), que surge sem muitas pretenções e aos poucos torna-se um amigo próximo, e consequentemente um interesse amoroso. Mas será que ele é confiável? Quais são suas reais intenções? Ele está atrás do dinheiro? Enfim, mais perguntas que deixam toda a experiência de assistir “Charada” ainda mais saborosa. E Grant possui um ótimo timing cômico, além de ser um poço de carisma gigante, portanto, sua química com a também fenomenal Audrey Hepburn explode em cena. Aliás, já na primeira interação de seus personagens, logo nos minutos iniciais do filme, fica claro que “Charada” será um prazer imenso assistir.
E como o próprio nome já diz, o filme é um mistério constante onde nunca sabemos em qual personagem confiar. Se tenho alguma ressalva é com relação a duração. Caso fosse um pouco menor, a trama seria mais objetiva e menos enrolada em alguns momentos, no entanto, confesso, a direção de Donen é tão segura, e o elenco tão bom (destaque também para o excelente Walter Matthau), que ao fim, a brincadeira vale pelo todo.
“Charada” não é um filme de comédia, mas ele não é um filme denso, angustiante ou pesado também. Pelo contrário, a direção de Stanley Donen é leve, cheia de ritmo e faz do filme um mistério divertido e envolvente de assistir.
Charade/EUA – 1963
Dirigido por: Stanley Donen
Com: Cary Grant, Audrey Hepburn, Walter Matthau, James Coburn…