Crítica: ‘A Teia’ (2024) com Russell Crowe
Longa-metragem foi dirigido por Adam Cooper
Existem filmes que não te causam absolutamente nada durante e ao final de sua exibição. Ou melhor, talvez cause certa raiva pela sensação de perda de tempo. Este “A Teia” é um desses filmes que nem mesmo como um “suspense investigativo esquecível minimamente envolvente” consegue ser bom. Até mesmo em sua mediocridade o filme não oferece nada de interessante e não consegue desenvolver bem nenhuma de suas peças.
“A Teia” é a estreia na direção de Adam Cooper, que é mais lembrado como roteirista de bombas como “Carga Explosiva: O Legado”, “Êxodo: Deus e Reis”, “No Pique de Nova York”, “Assassin’s Creed” e “A Série Divergente: Convergente”. Seu único trabalho bom no roteiro é na comédia de assalto “Roubo nas Alturas”, fora isso, seu currículo já é um spoiler do quão fraco, sem ousadia ou substância Cooper é. E como diretor em “A Teia”, isto fica ainda mais evidente já que o filme é uma sucessão de obviedades e clichês inseridos em uma tentativa de ser intelectual. Mas ao fim, tudo é besta, mal explicado e mal colocado em cena.
Estrelado por Russell Crowe em uma atuação que, parafraseando nossa querida Isabela Boscov, deve ter sido dívida de jogo, ainda que o ator tente oferecer algum tipo de credibilidade ao projeto, o roteiro não lhe ajuda e torna tanto seu personagem, quanto os demais, em figuras desinteressantes inseridas em um filme sem mistério, que não instiga ou te deixa interessado na história. O ritmo é monótono e, infelizmente, nada funciona.
Nada contra filmes clichês, óbvios e que no dia seguinte você nem lembra da história, mas existem filmes assim que ao menos conseguem ser envolventes e oferecer duas horas de um bom entretenimento. Mas não, a “A Teia” não está neste grupo.
Sleeping Dogs/2024 – EUA
Dirigido por: Adam Cooper
Com: Russell Crowe, Karen Gillan, Marton Csokas…
Sinopse: Em A Teia, um ex-detetive que sofre de Alzheimer revisita um caso de homicídio do passado, investigando como se fosse a primeira vez. No thriller de suspense, Roy Freeman (Russel Crowe) está passando por um tratamento intensivo contra o Alzheimer quando descobre que um homem que condenou culpado pelo assassinato de um professor universitário saiu do corredor da morte após ser inocentado. Mesmo sem muitas memórias daquela época, ele fica intrigado e entra em contato com seu ex-parceiro para refazer os passos da investigação. Olhando para o caso sob uma nova perspectiva, Freeman faz descobertas sobre o crime e sobre si mesmo.