Crítica: Aquaman 2 – O Reino Perdido (2023)
Longa-metragem é estrelado por Jason Momoa e dirigido novamente por James Wan
O primeiro “Aquaman”, lançado em 2018, foi o primeiro filme live-action do personagem e responsável por entregar uma adaptação de respeito, mas não menos épica ou galhofa, de uma criação que sempre foi motivo de piada na cultura pop. A graça do primeiro longa é que o ridículo está presente, mas o filme não tem medo disso e nem dos exageros, mas abraça todos eles e a personalidade bruta e insana de seu protagonista encarnado por Jason Momoa. Juntamente com a direção frenética e criativa de James Wan, o primeiro “Aquaman” foi uma baita surpresa que até hoje não me canso de rever.
E após arrecadar $1 bilhão em caixa e superar todos os prognósticos, é óbvio que uma continuação era esperada. Infelizmente o filme chega em um momento difícil para os filmes de super-heróis, e principalmente para a DC que encontrou na figura de James Gunn e Peter Safran os novos responsáveis para reestruturar o Universo DC nas telonas, e portanto, “Aquaman 2” chega com gostinho de final de festa, onde tudo que foi apresentado antes parece não fazer mais sentido continuar. Tudo vai depender do dinheiro que esta continuação gerar, pois só assim as chances de Jason Momoa continuar como o personagem crescem.
Mas vamos ao que interessa: “Aquaman 2: O Reino Perdido” não possui o mesmo tesão do primeiro filme, e quando digo tesão estou falando de paixão, daquela vontade de criar cenas de ação visualmente criativas que Wan encantou no primeiro longa em vários momentos, utilizando a câmera como um personagem fundamental. Nesta continuação a ação está longe de ser ruim, mas é burocrática e genérica e sem um grande momento memorável (mas continua muito melhor que nos outros filmes recentes da DC e até da Marvel).
No entanto, “Aquaman 2” entrega o mesmo espírito insano, exagerado e cheio de aventura do primeiro filme. A história é aquele repeteco de vilão querendo vingança e daí encontra um artefato capaz de lhe proporcionar poderes para destruir o herói. Nada de novo ou, de fato, empolgante, mas apesar disto, o carisma de Jason Momoa e Patrick Wilson (que retorna como seu irmão Orm e agora ao seu lado) são tão imensos que cada cena entre os dois fica divertida de acompanhar.
Cheio de efeitos especiais, em sua maioria bons e decentes (ao contrário de “The Flash”, por exemplo), “Aquaman 2: O Reino Perdido” é uma continuação sem nada de novo ou surpreendente como foi para mim o antecessor, mas mantém o padrão que tornou o primeiro filme cativante e divertido. Ao menos para mim, é um longa que não terei problemas em revisitar futuramente.
Aquaman: The Lost Kingdom/EUA – 2023
Dirigido por: James Wan
Com: Jason Momoa, Patrick Wilson, Nicole Kidman Yahya Abdul-Mateen II, Temuera Morrison, Randall Park, Dolph Lundgren…
Sinopse: Aquaman 2 é a sequência do filme Aquaman de 2018, que acompanha Arthur Curry (Jason Momoa), o filho do humano Tom Curry (Temuera Morrison) com a atlante Atlanna (Nicole Kidman). Ele cresce com a vivência de um humano e as capacidades metahumanas de um atlante. Nesta sequência, depois de não conseguir derrotar o rei dos mares pela primeira vez, Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II) utiliza o poder do mítico Tridente Negro para liberar uma força antiga e maligna. Na tentativa de proteger Atlântida e o resto do mundo, Aquaman deve forjar uma aliança incômoda com um aliado improvável e deixar as diferenças de lado para evitar uma devastação irreversível.