Cinema

Crítica: Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001) – Especial Wizarding World

Filme está completando 20 anos e continua um ótimo exemplo de aventura infantil e construção de universo

(Foto: Reprodução/Warner Bros.)

Lançados em 2001, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”  e “O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel” (ambos da Warner Bros.) foram os mais importantes filmes para o renascimento do gênero de fantasia no cinema. Depois de seu lançamento, outras adaptações seguiram o mesmo caminho mas poucas conseguiram alcançar um resultado tão bem sucedido como os longas-metragens adaptados dos livros tanto de J. K. Rowling quanto de J. R. R. Tolkien.

Revendo hoje “A Pedra Filosofal”, é incrível como o diretor Chris Columbus captura a essência do universo de Rowling e coloca cada peça no lugar perfeito para compor cada elemento de seu mundo. São detalhes diversos e todos apresentados com tamanha naturalidade que logo nos vemos acostumados, e parte, daquele mundo. É um exemplo perfeito de construção de universo e de como preparar as engrenagens para uma jornada maior e longo.

Como primeiro filme, a responsabilidade era grande pois “A Pedra Filosofal” não possui um arco fechado, apesar de possuir uma aventura fechada com começo, meio e fim, mas tudo a serviço de algo maior, de uma história que está apenas começando. Tudo aqui é apenas o início da jornada de um herói ainda criança, mas destinado a salvar o mundo dos bruxos da eminência de um mago cruel e poderoso. Portanto, tudo precisava ser tratado com sutileza, calma e sem pressa para solidificar o mundo mágico de Harry Potter no cinema, tanto as regras desse universo, quanto os inúmeros personagens coadjuvantes que compõem a jornada do protagonista.

Muitos criticaram este primeiro filme caracterizando-o como infantil demais e pouco divertido. Discordo. Infantil? Sim. Não divertido? Jamais. E ser infantil faz jus às características do primeiro livro de Rowling. Em “A Pedra Filosofal”, Harry e seus amigos são crianças, e como nós, Harry está vivenciando este mundo mágico pela primeira vez e a ameaça de Lord Voldermort ainda é apenas uma eminência, e não uma realidade. Faz sentido ser mais pueril e infantil, e como visto ao longo dos anos, à medida que os atores e os personagens envelheceram, os filmes ganharam uma aura mais adulta e sombria.

“Harry Potter e a Pedra Filosofal” é uma adaptação perfeita para o cinema, e uma construção de mundo exemplar. Ainda que sua aventura dentro da narrativa não seja tão memorável, particularmente, o maior destaque deste primeiro longa-metragem é justamente apresentar as regras e os elementos mágicos características do universo mágico de J. K. Rowling. Ter vivenciado isto lá atrás foi marcante, e revendo atualmente continua uma obra bem realizada e bem construída. É apenas o começo!

Harry Potter and the Sorcerer’s Stone/2001

Dirigido por: Chris Columbus

Com: Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emily Watson, Richard Harris, Maggie Smith, Alan Rickman…

Harry Potter and the Sorcerer's Stone - Rotten Tomatoes