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Crítica: OKTOBERFEST – SANGUE E CERVEJA – 1ª temporada | Netflix

Produzida por uma das maiores redes televisivas da Alemanha, “Oktoberfest – Sangue e Cerveja” foi…

Produzida por uma das maiores redes televisivas da Alemanha, “Oktoberfest – Sangue e Cerveja” foi distribuído ao redor do mundo pela Netflix e está lá escondido em meio a um catálogo enorme de produções. Com seis episódios de quase 1h cada, o seriado traz uma história de vingança, e poder, e tem como pano de fundo a cidade de Munique dos anos 1900 e o maior festival cervejeiro do mundo (até hoje!): o tal Oktoberfest.

Na trama, Curt Prank é um ambicioso cervejeiro que não mede esforços para ganhar espaço e renome. Ele chega à cidade de Munique com planos de se tornar o maior vendedor de cerveja da capital e quer usar o festival Oktoberfest para mostrar todo o seu poder. O festival engloba pequenas barracas de cervejarias da cidade, e o plano de Prank é tirar algumas e construir uma tenda gigante com capacidade para milhares de pessoas.

Apesar de reforçar no começo dos créditos que é “Baseado em uma história real”, o seriado não poderia estar mais longe disso. O único inspirado em alguém que de fato existiu foi, justamente, Curt Prank. Mas este não era seu nome, e sim George Lang que chegou à Munique com intenções de revolucionar o Oktoberfest ao construir uma tenda com capacidade para milhares de apaixonados por cerveja. Em meio aos problemas, Prank conseguiu o que queria e mudou a cara do festival. Aos poucos, os mais poderosos do ramo foram percebendo como um evento cada vez maior chamava a atenção e começaram a investir mais e mais capital em suas redes cervejeiras. As grandes corporações foram ganhando espaço, e influência, enquanto as cervejarias menores passaram a fechar devido a poderosa concorrência.

“Oktoberfest – Sangue e Cerveja”, como o próprio título diz, é um seriado que aborda o mercado cervejeiro do início do século XX na Alemanha, e enfatiza na alta concorrência de poderosos em busca de controle e poder. E em jogo de gente poderosa a violência e vingança andam juntos.

O roteiro peca pela superficialidade com que trata certas tramas tornando muitas vezes uma história interessante em apenas um jogo de maldade novelesco com alguns personagens que beiram à caricatura (exemplo: Anatol Stiffer – o nêmesis de Curt Prank). O que desperdiça um contexto rico da história alemã onde a grandeza da capital Munique entrava em contraste com uma população mais pobre, como também a cultura da cerveja se tornava parte do DNA alemão por trazer escape, alegria e refúgio.

Falta à “Oktoberfest – Sangue e Cerveja” certa sutileza ao trabalhar não apenas o contexto histórico como também os dramas e conflitos narrativos. No entanto, em contrapartida, o seriado ganha bastante força com ótimo elenco e produção belíssima. A fotografia com cores e contrastes fortes traz uma imponência e beleza ímpar, e as atuações favorecem o interesse do público com a história – destaque para o excelente Mišel Matičević como o indômito Curt Prank.

“Oktoberfest – Sangue e Cerveja” não é perfeito. Mas é um seriado sucinto e empolgante que ao fim até deixa um gostinho de quero mais.

Oktoberfest 1900/ALEMANHA – 2020

Número de episódios: 06

Com: Mišel Matičević, Martina Gerdeck, Klaus Steinbaucher…

Sinopse: Em Oktoberfest – Sangue e Cerveja, Curt Prank (Misel Maticevic) é um ambicioso cervejeiro que chega a Munique determinado a expandir seus negócios durante a Oktoberfest. Mas, quando sua filha Clara (Mercedes Müller) se apaixona pelo herdeiro de seu rival, Curt se vê obrigado a contestar o relacionamento e acaba recorrendo a medidas extremas para se destacar no famoso festival de cerveja. A partir disso, uma série de eventos brutais se espalha pela cidade, o que põe em risco o futuro de ambas as famílias.