Crítica: Planeta dos Macacos – A Guerra (2017) | Relembrando

Matt Reeves retorna como diretor naquele que é um encerramento emocionante, memorável e triunfal para a jornada do macaco César (Andy Serkis) no cinema, e que abre inúmeras possibilidades para avançar a história e explorar coisas novas – algo que o recente filme aproveitou.

“A Guerra” não apenas cria paralelos fortes entre aquele mundo ficcional com os precedentes do nosso mundo real – como o nazismo, por exemplo -, como entrega um filme que sabe muito bem desenvolver seus personagens sem pressa, e sabe colocar a ação de maneira que sirva à um propósito em cena. E mais ainda, a “humanidade” – seja ela de qual raça for -, continua sendo a grande discussão e debate do roteiro. Quem somos? Como agimos diante das diferenças? Aceitamos o divergente? Questões estas colocadas com uma profundidade dramática tocante, e desenvolvidas sem deixar de lado o espetáculo cinematográfico.

“A Guerra” tem seus momentos de filme de campo de concentração, filme de fuga de prisão, drama familiar, filme de vingança e tudo funcionando tão organicamente dentro da história, que ao fim, até mesmo os “vilões” são apenas vítimas de um destino infeliz. Os humanos estão em seu último respiro como seres dominantes, já que agora o vírus símio evoluiu e tira totalmente a capacidade de fala.

Mas, acima de tudo, “A Guerra” é o desfecho da jornada de César nas telonas. Um personagem bem escrito e desenvolvimento que ganha um arco completo como símbolo de uma revolução no planeta. O futuro dos macacos na humanidade começou com César, e ele se torna este emblema de uma nova era. E, sem dúvida, Andy Serkis entrega aqui a sua melhor atuação como o personagem.

Denso, memorável, lindo de assistir e empolgante, “Planeta dos Macacos – A Guerra” é um clássico moderno da ficção científica e merece ser mais lembrado e apreciado! Recomendado!

War for the Planet of the Apes/EUA – 2017

Dirigido por: Matt Reeves

Com: Andy Serkis, Steve Zahn, Woody Harrelson, Amiah Miller…