Crítica: Planeta dos Macacos – O Reinado (2024)
Longa-metragem foi dirigido por Wes Ball, de "Maze Runner"
Algumas gerações se passaram desde o encerramento marcante da história de César (Andy Serkis) no final de “Planeta dos Macacos: A Guerra”, e agora estamos em um mundo que foi totalmente tomado pela natureza novamente, e com os macacos em posição que antes eram dos humanos.
Na nova história, nosso novo herói é um macaco chamado Noa (Owen Teague), que vive em uma aldeia pacífica até que outros símios surgem e destrõem tudo, matam seu pai e levam seus amigos e mãe como prisioneiros. Tais macacos estão em busca de uma humana chamada Mae (Freya Allan), e desde então os caminhos dela com os de Noa se cruzam com o de Praximus (Kevin Durand), que se autointitulou o novo César e construiu um reino onde manda e desmanda com mão de ferro.
Os recentes filmes da longínqua franquia “Planeta dos Macacos” são perfeitos. Gosto de chamar de “Trilogia César” já que eles possuem como fio condutor a jornada de César desde o começo. Os três longas emanam grandiosidade, mas sem deixar o coração emocional de lado, e ao fim, conseguem trazer paralelos sociais isntigantes, e interessantes, em uma obra de ficção emocionante.
O planeta Terra aqui em “O Reinado” chega mais próximo do clássico de 1968, onde os humanos são caçados por macacos e a maioria não falam. O filme mantém a grandiosidade dos anteriores, e utiliza com maestria os efeitos digitais tanto na criação dos cenários, quanto na criação dos macacos através da técnica de captura de movimentos.
A trama também aborda questões interessantes ao mostrar como os ensinamentos de César se tornaram lições para macacos desejosos de poder manipularem outros. Enquanto outros grupos defendem os seus reais ensinamentos de um mundo em harmonia e com respeito entre humanos e símios.
“O Reinado” está longe de ser ruim, e vale uma nova assistida posteriormente, mas diferente da “Trilogia César”, é uma obra que carece de um objetivo mais instigante e, em minha opinião, de personagens mais marcantes. O longa engata quando surge o vilão Praximus, e daí o texto ganha objetivos mais urgentes e uma tensão envolvente.
“Planeta dos Macacos: O Reinado” pode não ser o melhor dos recentes longas, mas é um filme que não envergonha o legado recente da franquia, e entrega uma obra que não têm medo de desenvolver seus personagens com calma e sem a necessidade de criar ação a todo momento – além dos belíssimos visuais que deixam tudo ainda mais interessante.
Kingdom of the Planet of the Apes/EUA – 2024
Dirigido por: Wes Ball
Com: Owen Teague, Kevin Durand, Freya Allan, William H. Macy, Peter Macon…