Crítica: Super/Man – A História de Christopher Reeve (2024)

Em termos de estrutura narrativa, “Super/Man – A História de Christopher Reeve” não foge do padrão habitual de obras documentais, mas o grande feito do filme é justamente trabalhar a importância de seu personagem principal sem soar chapa branca, mas de maneira emocionante por colocar o homem à frente da celebridadade – e apresentar ao mundo a história memorável de Reeve que alcançou o estrelato após ser escolhido para interpretar o Superman no filme homônimo de 1978, e que anos mais tarde, em 1995, sofreu uma queda de cavalo que o tornou tetraplégico e mudou radicalmente a sua, e a vida de todos ao seu redor.

Utilizando imagens de arquivo liberadas pela própria família do ator, e também o depoimento de filhos e amigos para compor a trama, o longa entende a importância de contar ao mundo a radical transformação ocorrida na vida de Reeve, e como isto também foi essencial para transformá-lo como pai e como ser humano – ele se tornou um dos ativistas mais importantes para causas de pessoas com deficiência física.

“Super/Man” é um filme altamente emocionante, e sincero, na maneira como trata o seu biografado. E utiliza os recursos narrativos para falar ao expectador, e motivar a plateia através de uma história singular e tocante. O roteiro também oferece a devida importância à Dana Reeve, segunda esposa do ator e aquela que ficou com ele até o fim da vida. Dana cuidou de Reeve até o final, e foi voz ativa na administração da Instituição criada pelo casal para fomentar mais investimentos, e pesquisas, acerca do reparo da coluna vertebral, e outros assuntos como, por exemplo, formas de melhorar a qualidade de vida de pessoas paralisadas.

Super/Man: The Christopher Reeve Story/EUA – 2024

Dirigido por: Ian Bonhôte e Peter Ettedgui