Cinema

Crítica: The Flash (2023)

Longa-metragem é estrelado por Ezra Miller, Michael Keaton, Ben Affleck e Sasha Calle

Após a pandemia e ainda um futuro incerto para o seu ator protagonista, Ezra Miller – envolvido em diversas polêmicas e crimes de invasão, assédio e violência nos últimos anos – eis que a Warner Bros. decide fechar os olhos, abafar o caso e lançar a sua super-produção de quase $200 milhões de dólares nos cinemas. Sem entrar na discussão acerca de seu astro principal, afinal, o texto aqui é sobre o filme e não sobre a vida pessoal de seus envolvidos, temos aqui um dos últimos exemplares remanescentes da Era Zack Snyder na DC. Ainda que não esteja mais envovlido nem como produtor-executivo, algumas escolhas de Snyder ainda são parte da trama deste “The Flash”, que tem também como objetivo manter um novo curso para a DC nos cinemas já que toda a narrativa de multiverso abre possibilidades infinitas.

De maneira geral e objetiva: “The Flash” é um filme altamente divertido sem precisar tratar o expectador como idiota (estou falando de você “Shazam”!), e consegue entregar um produto repleto de referências, mas sem perder a linha emocional de sua trama principal que conta a história de um garoto que deseja voltar no tempo e impedir que sua mãe seja morta (e também impedir que o pai seja preso por um crime que não cometeu).

O diretor Andy Muschietti não deixa as referências e participações mais do que especiais serem o principal objetivo do longa. Aliás, como a Sony/Marvel fizeram em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, aqui o roteiro não perde o foco da jornada de seu protagonista Barry Allen/Flash, e personagens como o Batman de Michael Keaton ou a estreia de Sasha Calle como Supergirl estão ali em função da trama, e funcionam maravilhosamente bem. Até mesmo quando o longa abraça a homenagem em determinado momento e nos presenteia com referências ao universo DC mais do que sensacionais, isto acontece em um momento onde tudo isso faz sentido e não soa jogado. Até o final é genial em nos fazer querer ter o retorno de certo ator como determinado personagem, e só quem conhece a trajetória da DC no cinema vai entender o peso desta partipação (assim como também o seu paradoxo).

Nem mesmo os inúmeros efeitos especiais problemáticos prejudicam totalmente a experiência final, já que o texto sabe como colocar as peças no lugar e entregar algo divertido, empolgante, mas também cheio de coração e emoção.

Ao final, “The Flash” é um eficiente filme de super-herói que presta sua homenagem ao legado DC nas telas, mas o faz sem desperdiçar o personagem que tem em mãos. Ao fim, apesar de qualquer problema, a sensação é boa e nos deixa com um sorriso gostoso no rosto. Recomendado!

The Flash/EUA – 2023

Dirigido por: Andy Muschietti

Com: Ezra Miller, Michael Keaton, Ben Affleck, Sasha Calle…

Sinopse: The Flash é o filme solo do herói estrelado pelo ator Ezra Miller. Todo mundo já pensou em voltar no tempo para mudar alguma coisa que incomodou a vida, é por isso que Flash decide fazer o mesmo. Depois dos eventos de Liga da Justiça, Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia. O que ele não imaginava seria que sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu. Para voltar para seu plano original, Flash contará com a ajuda de versões de heróis que já conheceu, incluindo versões do Batman que já são conhecidas (Michael Keaton e Ben Affleck), para evitar mais quebras entre universos e voltar ao normal. Baseado livremente na HQ “Flashpoint”.