Cinema

‘É Assim Que Acaba’: Sequência pode não acontecer por causa de briga entre protagonistas

Longa-metragem é estrelado por Blake Lively e Justin Baldoni, que é também o diretor

(Foto: Divulgação)

Após três semanas nos cinemas, “É Assim Que Acaba“, uma adaptação para o cinema do livro best-seller de Colleen Hoover, se tornou um sucesso de bilheteria com US$ 242 milhões em todo o mundo até o momento. Em um verão dominado por filmes voltados para crianças e adolescentes, o longa é o raro evento cinematográfico que atrai o público feminino.

É extremamente lucrativo também. “É Assim Que Acaba” custou US$ 25 milhões para ser produzido e deve render pelo menos US$ 25 milhões a US$ 30 milhões em lucros para a Sony (que distribuiu o filme) e para o Wayfarer Studios do diretor e astro Justin Baldoni (que o financiou com a TSG Entertainment). Outra fonte familiarizada com o acordo coloca esse valor em dobro. Essas margens não incluem receitas para cinemas ou bônus de bilheteria para as estrelas Blake Lively e Baldoni.

Uma sequência do romance, chamada “É Assim Que Começa”, já existe, então não haveria necessidade de esticar o material de origem para explorar um outro sucesso. Os atores de Hollywood normalmente capitalizam as manchetes positivas de bilheteria acelerando o anúncio de outro filme. Porém, uma aparente rivalidade entre Lively e Baldoni durante as filmagens se espalhou para os olhos do público durante a divulgação do filme, e portanto, planos de uma sequência parecem complicados de acontecer.

“Este é um território desconhecido, e ninguém tem ideia de como seria uma sequência”, diz uma fonte familiarizada com a situação. “Provavelmente não há mundo onde esses dois trabalharão juntos novamente.”

O QUE ACONTECEU?

Como foi espalhado na internet nos últimos dias, a divulgação de “É Assim Que Acaba” foi repleta de material para tabloides sobre o drama fora das telas. Tudo começou com rumores sobre hostilidade entre o diretor/ator Justin Baldoni e o resto do elenco depois que ele não foi fotografado com eles na estreia em 6 de agosto em Nova York. Baldoni também não apresentou o filme ao lado de Lively. Detetives da Internet também descobriram que nenhum de seus colegas atores segue Baldoni no Instagram, exceto Hasan Minhaj, que interpreta o cunhado do personagem de Baldoni. Houve especulações de que Lively e Baldoni entraram em conflito sobre como deveria ser o corte final do filme, já que Lively é também uma das produtoras do filme, e ao fim, parece que a versão de Lively foi a escolhida para chegar às telonas.

Alguns roteiristas disseram que foi estranho que Lively tenha admitido durante uma entrevista no tapete vermelho que seu marido Ryan Reynolds escreveu uma cena-chave no corte final do filme. Fontes dizem que isso foi novidade para Baldoni, que pensou que a cena tinha sido improvisada por Lively. O WGA não respondeu a um pedido de comentário sobre se o trabalho de Reynolds é uma violação do Sindicato que poderia desencadear um problema de créditos. Embora os filmes possam ter escritores não creditados, raramente o diretor não saberia disso.

E a coisa fica ainda mais complicada pelo fato de que o Wayfarer Studios, que pertence ao protagonista e também diretor Justin Baldoni, detém os direitos cinematográficos de “É Assim Que Acaba” e “É Assim Que Começa” após adquiri-los em 2019 da autora Colleen Hoover. A autora disse à Variety que rejeitou várias ofertas antes de concordar em se juntar a Baldoni na adaptação para o cinema. “Senti que ele entendeu o livro e entendeu a importância das pessoas precisarem vê-lo na tela”, disse Hoover.

Então, Lively e Baldoni podem precisar seguir o exemplo das coestrelas de “Sex and the City 2”, Sarah Jessica Parker e Kim Cattrall, e deixar de lado suas diferenças pessoais pelos negócios se quiserem realizar sua visão completa para “É Assim Que Começa”. Baldoni sugeriu que não dirigirá a sequência, dizendo ao Entertainment Tonight na estreia do filme: “Acho que há pessoas melhores para isso. Acho que Blake Lively está pronta para dirigir.” O personagem Ryle tem um papel muito menor na narrativa do segundo livro, tornando mais fácil para Baldoni se afastar, pelo menos como ator. Ainda assim, ele e Lively precisariam chegar a algum tipo de acordo, dado seu papel como produtor.