Cinema

Jonathan Majors revela inspiração no Coringa de Heath Ledger para viver o vilão Kang da Marvel

Ator vai aparecer como Kang no próximo "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania"

(Foto: Divulgação)

Do ringue de boxe ao multiverso, Jonathan Majors está aqui para conquistar Hollywood.

Depois de fazer seu nome com papéis aclamados pela crítica em projetos como “O Último Homem Negro em San Francisco” e “Lovecraft Country”, o ator nativo do Texas logo desempenhará papéis importantes em duas franquias de bilhões de dólares. Primeiro, ele será Kang, o novo grande vilão do Universo Cinematográfico da Marvel, que vai aparecer pela primeira vez no cinema em “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” (lançamento para 16 de fevereiro). E apenas algumas semanas depois, ele se juntará ao Rockyverse em “Creed III” como Damian Anderson, um amigo de infância de Adonis “Donnie” Creed (Michael B. Jorda).

“Estou entrando em algo que é tão massivo, tão mega”, disse Majors ao site Entertainment Weekly no Festival de Cinema de Sundance. Como o novo rosto (do mal) do próximo capítulo do MCU, há muita coisa para se dizer sobre a pressão de adentrar em tal projeto: “Há pressão e todo o apoio”, diz ele. “Do [presidente da Marvel Studios Kevin] Feige. o produtor Stephen Broussard a Tom Hiddleston, [quem] me manda mensagens de vez em quando apenas dizendo, ‘E aí?’ Isso tem sido incrível.” (Majors apareceu pela primeira vez no MCU como uma variante de Kang na série Disney+ liderada por Hiddleston, “Loki”).

INSPIRAÇÃO EM HEATH LEDGER

Para Majors, estrelar como o vilão de uma adaptação de quadrinhos altamente antecipada é uma espécie de momento de círculo completo. O ator descreveu a interpretação de Heath Ledger como o Coringa em “O Cavaleiro das Trevas”, de Christopher Nolan, como um momento crucial em sua vida. “Ok, em primeiro lugar, ele é lindo”, diz Majors sobre ver Ledger na tela pela primeira vez. “Ele tem aquele queixo fodido, e ele não dá a mínima. Ele joga o corpo ao redor. Ele estava tão dentro. E eu disse, ‘Estou indo para isso. Estou inspirado.’ É preciso muito, você me sente? Para ser inspirado.”

Mas não foi apenas o queixo de Ledger que chamou sua atenção. Em dezembro, Majors escreveu um ensaio comemorando o filme para a Variety, chamando atenção especial para seu retrato complexo do bem e do mal. “O Cavaleiro das Trevas grava tão vividamente a moralidade agnóstica da sobrevivência e a disciplina da bondade”, escreveu ele. “Cada passo de nossas vidas está nos levando a ser o herói ou o vilão de nossa história.”

Navegar nessa área cinzenta entre o certo e o errado é algo com o qual Majors está intimamente familiarizado. “A maneira como cresci, as pessoas com quem cresci, traficantes de drogas, assassinos, todo mundo estava saindo da prisão. Todo mundo usava uma tornozeleira. Então, eu conhecia a complexidade dos caras com quem cresci”.

Ele não apenas viu essa dualidade em seus vizinhos, mas também a viveu. Quando adolescente, Majors foi preso por furto em uma loja e suspenso do ensino médio por briga. Ele logo se viu expulso de casa e morando em seu carro, trabalhando em dois empregos para sobreviver. Não muito tempo depois de ser inspirado pelo Coringa de Ledger, Majors encontrou consolo no teatro e atuando no palco. “A vida é apenas … não é suficiente”, diz ele. “Então você tem que entrar nesses mundos onde você pode simplesmente dizer ‘Aqui está tudo’, pelo menos por um tempo.” Depois de se formar na Escola de Artes da Universidade da Carolina do Norte, Majors obteve seu MFA na Yale School of Drama.