Avaliação

10% aprovam e 69% reprovam governo Dilma, diz Ibope

Segundo pesquisa, reprovação da presidente ficou na margem de erro.


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A porcentagem da população que considera do governo da presidente Dilma Rousseff ruim ou péssimo oscilou de 68% para 69% de junho para setembro, de acordo com pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A parcela dos entrevistados que avalia a atual gestão como ótima ou boa também oscilou de 9% para 10%. Já os que consideram o governo regular permaneceram em 21%.

De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar de Dilma, ante 83% de desaprovação registrados em junho. A proporção dos que aprovam oscilou de 15% para 14%, na mesma comparação.

A CNI e o Ibope também perguntaram sobre a confiança na presidente Dilma Rousseff. A parcela dos que não confiam nela oscilou de 78% em junho para 77% em setembro, enquanto o porcentual do que confiam na pessoa da presidente ficou estável em 20%.

“A gente percebeu que não há uma diferença significativa entre a pesquisa de setembro e a pesquisa de junho”, disse o gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Segundo ele, a mudança de um ponto percentual dado a margem de erro de dois pontos percentuais tecnicamente não significa alteração.

Sobre a estabilidade nos índices, Fonseca disse que é difícil saber se existe um “piso” para esse tipo de pesquisa ou se a avaliação irá melhorar. “Não está havendo uma queda e está estável. Não está havendo mais queda na popularidade da presidente e isso indica que pode ficar com essa estabilidade, a não ser que haja uma piora muito forte na situação econômica e política daqui para a frente”, disse.

O levantamento também avaliou as ações do governo em nove áreas. As áreas com as melhores avaliações são combate à fome e à pobreza com 29% de aprovação e meio ambiente (25%). As ações do governo com as piores avaliações são: impostos (90% desaprovam) e taxa de juros (89%). Além dessas, as outras políticas avaliadas foram combate ao desemprego, saúde, educação, combate à inflação e segurança pública.

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de setembro, a partir de 2.002 entrevistas feitas em 140 municípios. A margem de erro é dois pontos percentuais e, segundo a CNI, o grau de confiança da pesquisa é 95%.