10 ANOS DEPOIS DO CRIME

5ª tentativa: julgamento do caso Valério Luiz acontece nesta segunda-feira (7)

O júri já foi adiado quatro vezes. A sessão só tem previsão de início e pode durar cerca de dois dias

Acontece a partir desta segunda-feira (7) o julgamento do caso Valério Luiz, jornalista assassinado a tiros em julho de 2012, em Goiânia. (Foto: reprodução)

Acontece a partir desta segunda-feira (7) o julgamento do caso Valério Luiz, jornalista assassinado a tiros em julho de 2012, em Goiânia. A sessão, que começa na manhã de hoje, só tem previsão de início e pode durar cerca de dois dias. Esta é a quinta tentativa do júri, que já foi adiado quatros vezes. A sessão ocorre no Plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), no Setor Oeste. O ex-cartorário Maurício Sampaio é acusado de ser o mandante do crime.

Cinco réus são acusados do homicídio: Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Maurício Borges Sampaio, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva.

Ao todo, participam do julgamento 24 testemunhas, sendo 5 do Ministério Público; 5 do Maurício; 5 do Ademá; 5 do Djalma e 4 do Urbano. O réu Marcos Vinícius não arrolou testemunhas. Também haverá a presença de 7 jurados.

Segundo o Ministério Público, o crime ocorreu em julho de 2012, em razão de críticas feitas pelo profissional, que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense. O ex-cartorário nega as acusações.

Adiamentos

Esta é a quinta tentativa do julgamento do caso Valério Luiz. Inicialmente, o júri , foi marcado para junho de 2020, mas em razão da pandemia, foi adiado para 14 de março de 2022.

No entanto, no dia 14 de março, o advogado que representava Maurício Sampaio desistiu da defesa, e, sem um defensor constituído no processo, ele não poderia ser julgado. Por isso, o juiz Lourival adiou o júri para 2 de maio.

Nesta data, contudo, os advogados de Maurício Sampaio abandonaram a sessão. Uma nova data foi agendada para o dia 14 de junho, mas um jurado passou mal no segundo dia de julgamento e, como ele deixou o hotel para procurar atendimento médico sem comunicar o oficial de justiça, o juiz, mais uma vez, precisou suspender o júri.

Para evitar qualquer problema, como no júri anterior, para esta nova sessão, o juiz Lourival Machado determinou que dois oficiais e um policial militar permaneçam no hotel com os sorteados para participar do julgamento.