A Polícia Civil do Rio Grande do Norte encontrou 68 fósseis roubados de um museu no Ceará na casa de um padre que era investigado por outro furto. Na casa do religioso também foram encontrados vários objetos de arte sacra furtados de uma capela frequentada por ele. Os fósseis achados pertencem ao Centro de Pesquisas Paleontológicas da Chapada do Araripe (CPCA), no Crato (CE), e foram encaminhados à Polícia Federal.
As buscas na casa do padre foram realizadas na semana passada, como parte da investigação que apura o desaparecimento de objetos na Capela Santa Tereza D’Ávila, no distrito Mina Brejuí, em Currais Novos. O local era frequentado pelo padre.
Segundo as investigações, a administradora da capela, em março deste ano, percebeu a ausência de um crucifixo de duas faces. Uma inspeção no local constatou que outros objetos haviam sumido, entre eles: seis castiçais, dois jarros de prata, um missal em latim, um véu de ombro e quatro toalhas de altar. Além disso, alguns objetos roubados foram substituídos por outros de qualidade inferior.
A investigação apurou que o padre costumava frequentar a capela para realizar suas orações e tinha acesso às chaves do local. No entanto, desde a denúncia dos furtos ele não foi mais visto por lá.
Atualmente, o suspeito estava exercendo suas atividades em uma igreja na capital, no bairro Cidade Alta, em Natal. Após o ocorrido, uma testemunha informou que, acompanhando as transmissões das missas, percebeu que alguns objetos utilizados na celebração eram os que haviam sido levados da capela.
De acordo com o delegado Paulo Ferreira, da Delegacia de Currais Novos, responsável pela investigação do caso, o material religioso apreendido foi reconhecido pela responsável e funcionários da capela.
O padre, pertencente à Diocese de Humaitá, no Amazonas, foi afastado de suas funções sacerdotais e administrativas, além de ter sido revogada a permissão para celebrar missas no Rio Grande do Norte.
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