Auxílio

Ações para povos tradicionais somam R$ 4,7 bi, diz Damares

Maior parte do recurso virá do auxílio emergencial de R$ 600

Brasil não adere ato da ONU pela defesa das mulheres (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo vai movimentar R$ 4,7 bilhões para atender as necessidades das comunidades tradicionais, como quilombolas e povos indígenas durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A maior parte desse recurso, cerca de R$ 3,2 bilhões, é oriunda do programa de auxílio emergencial do governo federal destinado a trabalhadores informais e integrantes do Bolsa Família e que vai destinar uma renda mensal de R$ 600 durante três meses.

“Nós temos um número muito grande de indígenas beneficiários do Bolsa Família, um número muito grande quilombolas e de ciganos, então este grupo está sendo beneficiado também com a renda de R$ 600”, disse a ministra durante coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, para atualizar ações do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. Entre povos tradicionais, mais de 1,8 milhão de famílias devem receber o auxílio emergencial.

Para estados e municípios, serão repassados R$ 1,5 bilhão para custeio de merenda escolar. A medida alcançará 40 milhões de estudantes, no total. Dentre eles, 274,2 mil indígenas, 269,3 mil quilombolas e quase 5 milhões de estudantes no campo, incluindo todos os demais grupos de povos tradicionais, informou o ministério. Serão 150 mil escolas beneficiadas, das quais mais de 58 mil atendem estudantes de povos e comunidades tradicionais.

Outra medida destacada pela ministra é a distribuição de cestas básicas para cerca de 154,4 mil famílias indígenas e 7,3 mil famílias quilombolas. O investimento total é de mais de R$ 40 milhões. Foram elaborados, ainda, materiais gráficos com informações sobre o coronavírus em 274 línguas de 305 etnias indígenas. O governo ainda deve liberar cerca de R$ 23 milhões para ações de prevenção em saúde em comunidades tradicioanais, segundo a ministra.