Acordo com a Suíça permite repatriação de US$ 1,5 milhão aos cofres brasileiros
O valor estava depositado em um banco suíço, em contas de empresas offshores controladas por João Carlos de Medeiros Ferraz, que fechou acordo de colaboração premiada em 2015
Uma ação de cooperação com a Suíça permitiu a repatriação aos cofres públicos brasileiros de US$ 1,5 milhão recebidos de forma ilícita por um dos investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A repatriação foi confirmada nesta semana.
O valor estava depositado em um banco suíço, em contas de empresas offshores controladas por João Carlos de Medeiros Ferraz, que fechou acordo de colaboração premiada em 2015. Segundo o Ministério da Justiça, o recurso foi obtido por meio de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Ferraz era ex-presidente da Sete Brasil, empresa criada pela Petrobras em 2010 para administrar sondas de exploração do pré-sal.
A cooperação com a Suíça também envolve o envio de documentos para os investigadores brasileiros.
O pedido de cooperação jurídica internacional para a repatriação foi feito em dezembro de 2016 pela Procuradoria da República no Paraná e encaminhado ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, autoridade central brasileira para cooperação jurídica com a Suíça.
A Operação Lava Jato foi deflagrada em 2014 para investigar denúncias de desvios de dinheiro na Petrobras. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro feita no país. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras esteja na casa dos bilhões de reais, segundo o MPF.