Acusado de matar diarista e jogar corpo em cisterna vai a júri popular, em Aparecida (GO)
Homem cometeu o crime durante uma crise de ciúmes. Ele não gostou que a mulher tivesse trocado a senha do próprio celular
Joaquim Francisco Bispo vai a júri popular por ter matado Luiza Helena Pereira e jogado o corpo dentro de uma cisterna em uma chácara de Cristianópolis, região Sudeste de Goiás. Foi o que decidiu o juiz Leonardo Fleury Curado da 1º Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida da Comarca de Aparecida de Goiânia, em audiência realizada na quarta-feira (5).
A diarista de 38 anos desapareceu no último dia 6 de maio após discutir com o namorado por ciúmes. O corpo dela só foi encontrado oito dias depois, dentro de uma cisterna. Segundo familiares da vítima, dois advogados já desistiram de representar o réu, que responde por feminicídio qualificado. A data do julgamento não foi informada.
Briga e desaparecimento
Na época do ocorrido, o irmão de Luiza disse em entrevista ao Mais Goiás que teve contato com a vítima pela última vez em confraternização na casa do irmão mais novo, no bairro Jardim das Acácias, em Aparecida de Goiânia. Na residência, Luiza e Joaquim brigaram por ela ter colocado senha no celular.
“Ela foi na casa do meu irmão mais novo com o namorado para confraternizar. Lá, ela contou para o meu irmão e minha cunhada que queria terminar com ele (namorado) pois ele estava morando na casa dela, andava no carro dela e agia como se eles tivessem casados, mas ela não queria isso. Em algum momento, ela foi para a cozinha e ele pegou o celular dela para mexer, mas viu que ela trocou a senha. Ele perguntou o motivo dela ter trocado a senha e ela respondeu que era para ele não mexer. Depois disso ele ficou calado e por volta de 2h da manhã, ele quis embora. Desde então, ela não foi mais vista”, relatou Magno Pereira.
No dia seguinte à confraternização, Joaquim foi até a casa de Luiza e contou para o pai dela, que mora na casa ao lado, que a mulher teria ido até a Rua 44 com a irmã dele. Porém, a cunhada da vítima negou o fato e afirmou que não via Luiza há meses. Horas após o encontro com o homem, os familiares descobriram que ele havia fugido para o Tocantins. As suspeitas aumentaram após Luiza não comparecer para comemorar o dia das mães.
Prisão
O homem foi preso oito dias após o desaparecimento em uma casa no município de Paranã, no Tocantins. Ele confessou ter matado Luiza enforcada durante uma crise de ciúmes e levou os policiais até a cisterna onde jogou o corpo.
Ele revelou à polícia que não imaginou que tinha matado Luiza e acreditava que ela tivesse apenas desmaiado depois que foi enforcada. Ao ver que a mulher não respirava, ele a colocou no carro para levá-la ao hospital, mas percebeu que o corpo estava gelado e decidiu retornar para a chácara. No local, ele deu banho, trocou a roupa da vítima e a jogou em um buraco cavado em 2019 para fazer um poço artesiano.
Depois, fugiu para o Tocantins até ser encontrado pela polícia.
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