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Adriana Accorsi quer criar delegacia de investigação de pessoas desaparecidas

Dados da Secretaria Especial dos Direitos Humanos apontam que 20% dos crimes do tipo não são solucionados em Goiás

Uma delegacia especializada na investigação de pessoas desaparecidas com o objetivo de otimizar o trabalho realizado pela Polícia Civil. Esta proposta foi apresentada pela deputada estadual Adriana Accorsi (PT) na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Vale lembrar que o requerimento foi entregue na terça-feira (14), antes do desaparecimento de Ana Clara Pires, de 7 anos, que aconteceu na sexta-feira (17). A menina foi encontrada morta hoje (22).

A proposta é que a unidade atenda 24 horas durante toda a semana para investigar casos ocorridos na capital, contendo dois núcleos de investigação: um para casos de crianças e adolescentes desaparecidos e outro voltado para adultos. “Em relação às crianças, os casos são mais complicados. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) não tem plantão. Quando um caso desses acontece, a investigação precisa começar imediatamente para que tenha êxito”, afirma a deputada.

De acordo com Adriana, a referência para a nova delegacia seria a unidade do Paraná, que é um exemplo para o País. “O trabalho realizado pela Deic hoje é excelente. Mas esta delegacia tem muitos outros crimes, os mais graves de Goiás, para investigar. Temos centenas de casos de pessoas desaparecidas no Estado e a investigação precisa ser mais focada”, justifica a deputada.

Ainda segundo a deputada, os casos não estão concentrados apenas em uma delegacia. Alguns são investigados pela Deic, outros pela Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), pelos Distritos Policiais e outros nem são investigados.

De acordo com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, desaparecem aproximadamente 40 mil crianças e adolescentes todos os anos em todo o País, sendo que cerca de 15% dos casos não são solucionados. Em Goiás cerca de 20% dos casos registrados continuam sem solução.