Advogada é repreendida por estar com filho em sessão de tribunal
Fato aconteceu durante audiência judicial da 2ª câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM)
Uma advogada de Santa Catarina foi repreendida durante audiência judicial da 2ª câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM), nessa segunda-feira (22). Os magistrados votavam um processo quando, em determinado momento, o filho de Malu Borges Nunes, que estava no colo dela, começou a chorar.
“É uma sessão do Tribunal, não pode ter cachorro latindo e criança chorando. Então, se tiver alguma criança, coloque em um lugar adequado para não atrapalhar a realização das nossas sessões”, disse o desembargador Elci Simões ao alegar que a criança estava “atrapalhando” o julgamento.
Conforme o desembargador, interferências e barulhos atrapalham e tiram a concentração. “É preciso ver a ética”, acrescenta o magistrado. A advogada, por sua vez, respondeu: “Ok, Excelência. Agradeço a compreensão”.
A OAB/SC emitiu nota em repúdio à atitude do desembargador, e em solidariedade à advogada. “A Seccional catarinense também reforça a importância da Recomendação n. 94/21, expedida pelo CNJ a pedido da OAB/SC, e de sua transformação em resolução, de modo a manter e aprimorar as gravações das audiências judiciais e sessões de julgamento no país, contribuindo, assim, para o combate ao desrespeito às prerrogativas da profissão”, diz trecho de nota.
Relembre
Essa não é a primeira vez que a 2ª câmara Cível do TJ/AM ganha repercussão. No começo do ano, o desembargador Yedo Simões protagonizou uma cena inusitada quando seu fundo – falso – de biblioteca caiu.