Advogada ofende funcionários e agride clientes em padaria de São Paulo; vídeo
Ela é suspeita de praticar injúria racial, lesão corporal e homofobia contra funcionários e clientes na data em que se celebrava o Dia da Consciência Negra
A Polícia Militar prendeu uma advogada em flagrante na última sexta-feira (20) sob acusação de injúria racial, lesão corporal e homofobia contra funcionários e clientes de uma padaria na Zona Oeste de São Paulo.
Um vídeo mostra o momento em que a advogada Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, ofende uma funcionária do estabelecimento e puxa os cabelos de um dos clientes. O caso ocorreu no Dia da Consciência Negra numa unidade da padaria Dona Deôla. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (DP), Ceasa, que está responsável pela investigação.
De acordo com o registro de ocorrência, dois jovens relataram que jantavam na padaria quando a advogada passou a ofender uma garçonete e um funcionário por não ter ficado satisfeita com a comida.
Os rapazes teriam defendido os funcionários e a mulher passou a ofendê-los e os xingou de “veados”. Segundo o relato, a advogada chegou a afirmar que os “gays seriam o mal do mundo e que seriam todos aidéticos e que só serviam para passar doenças”.
Ainda de acordo com o registro de ocorrência, a mulher ofendeu um dos rapazes por causa da cor da sua pele. Uma das pessoas que foram alvo de ofensas é parda e a mulher é branca.
Segundo o G1, dois funcionários da padaria foram ouvidos como testemunhas na delegacia e confirmaram a denúncia.
Em entrevista à TV Globo, a advogada Lidiane Brandão Biezok se desculpou. Ela alegou que foi provocada por dois clientes e disse que se excedeu, que usou inclusive termos homofóbicos contra eles, embora sustente que não tenha nada contra gays. Ela negou a acusação de ter utilizado palavras racistas e acabou tendo sua prisão convertida em domiciliar.
Em nota, a padaria lamentou o episódio
“Lamentavelmente, na noite de ontem (20), funcionários e clientes da nossa padaria na Pompeia foram alvo de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas, que podem inclusive configurar crime. Por isso, seguindo a orientação que lhes foi dada, a nossa equipe acionou a polícia para que as providências fossem tomadas. A Dona Deôla se solidariza com as vítimas desse ato repugnante e se coloca à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reiteramos o nosso repúdio a qualquer tipo de discriminação e o nosso compromisso com a proteção e o bem estar de nossos funcionários e clientes”, diz a nota na página do Instagram do estabelecimento.