SEM DIZER MOTIVOS

Advogado deixa defesa de mulher que confessou ter matado as filhas em Edéia (GO)

Sua única atuação no processo foi o pedido de um exame de insanidade mental à Justiça

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A Coordenação Geral de Relações Institucionais e Internacionais da UEG, em parceria com a prefeitura de Pirenópolis, está organizando o 1° Festival Internacional de Folclore e Artes Tradicionais de Pirenópolis (Fifat 2014), que acontece até o próximo domingo, dia 31, na Praça Manoel Jânio Lopes, no centro da cidade.

O evento, que teve início nesta segunda-feira, dia 25, conta com danças, músicas e gastronomia de diferentes países, além de oficinas e palestras. O festival tem como objetivos valorizar a cultura popular brasileira, fomentar o intercâmbio entre diversas culturas mundiais e promover a ampliação da pesquisa no campo das artes e do patrimônio imaterial por meio de uma mostra de trabalhos acadêmicos.

O evento preconiza o resgate da memória com programação que contempla apresentações artísticas de projeção folclórica, a valorização dos usos e costumes, a culinária brasileira, as produções audiovisuais etnográficas, a ludicidade, o empreendedorismo e a economia criativa, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento da cultura brasileira. “O Festival de Folclore surgiu após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de celebrar a paz através da cultura de todos os povos do mundo. Há 42 anos o festival chegou ao Brasil, primeiro em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul; depois em Olímpia, no Estado de São Paulo, e agora em Goiás”, explica o secretário de Cultura de Pirenópolis, João Luiz Brandão.

FIFAT - SIMPÓSIOGrupos de dança
Grupos de dança folclórica de países como Argentina, Eslovênia, Índia, Israel, Chile, Peru, Polônia e México estão participando. “Pirenópolis receberá muita gente de fora e vai movimentar a cidade, acrescentar ao turismo local”, destaca o coordenador do Departamento de Relações Institucionais e Internacionais da UEG, Hebert Melo. Grupos de Goiás, Amazonas e Mato Grosso também estão confirmados.

Estudantes, professores e servidores da UEG fazem parte do Grupo Folclórico Brasil Central e vão apresentar catira e encenar a Procissão do Fogaréu, entre outras atividades. “Quem for a Pirenópolis vai presenciar vários países e Estados brasileiros com danças tradicionais. Goiás estará presente com o grupo de folclore Brasil Central, da UEG. O público poderá participar também”, ressalta Brandão. O grupo, que é um dos projetos de extensão da UEG, visa projetar o folclore de Goiás, resgatando os bens culturais goianos e, assim, promover a difusão do patrimônio tradicional de Goiás.

FIFAT - GASTRONOMIA

Eventos que fazem parte do Festival

Espaço Gastronômico
Levando em conta as riquezas e particularidades de cada região, as feiras de artesanato e gastronomia abrigarão produtos típicos das mais distintas culturas presentes no festival. “A perspectiva do evento vem crescendo muito. Nós estamos sendo muito bem recebidos em Brasília, Goiânia e em outros municípios goianos. As pessoas estão pedindo informações do festival para que possam participar”, lembra João Luiz.

Mostra Nacional de Audiovisual: Culturas Populares
O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Ministério da Cultura em parceria com a UEG realizará a Mostra Brasil de Cultura Popular junto ao Fifat, na qual serão apresentados 15 dos melhores documentários premiados no Brasil.

Espaço Ludicidade
Espaço destinado ao público infantojuvenil, com oficinas de brincadeira folclóricas, confecção de brinquedos, teatro de bonecos, lendas goianas etc..

Espaço Saberes
Destinado à aprendizagem e ao ensino da cultura popular. Haverá oficinas de dança folclórica nacional e internacional, oficinas de música folclórica, oficinas de teatro e folguedos; mostras e palestras serão o foco do Espaço Saberes.

Feira de Economia Criativa
A Feira de Economia Criativa tem como metas ampliar as ações do pequeno empreendedor cultural e ajudá-lo na formação de pequenos negócios.

Simpósio Nacional Saberes e Expressões Culturais no Cerrado
O conjunto de ações para a articulação entre o Fifat e o Simpósio Nacional Saberes e Expressões Culturais no Cerrado contribui para a construção de um ambiente de trocas e aprendizagens a fim de congregar os conhecimentos em torno da cultura em sues aspectos populares.

Rodas de Conversas
O 1° Festival Internacional de Folclore e Artes Tradicionais de Pirenópolis é também uma oportunidade para o fortalecimento das culturas tradicionais e aproximação dessas com a academia. As Rodas de Conversas acontecerão no salão paroquial, ao lado do espaço das feiras. É um espaço para o fortalecimento das culturas tradicionais e para a aproximação das mesmas com a academia.

Feira Literária de Cultura Populares
A Feira Literária de Cultura Populares é um espaço voltado para a exposição, a comercialização e a promoção de literatura popular, seja no âmbito técnico, abrigando as ciências humanas e sociais, seja na valorização dos escritores populares.

O advogado Fabrício Póvoa deixou a defesa de Izadora Alves de Faria, que confessou ter matado as filhas em casa, em Edéia, no sul de Goiás. O defensor confirmou ao Mais Goiás que renunciou, mas optou por não revelar seus motivos. Ele enfatizou, ainda, que sua única atuação no processo foi o pedido de um exame de insanidade mental à Justiça, cujo objetivo é saber se Izadora pode responder criminalmente pelas mortes.

A renúncia aconteceu na segunda-feira (3), no dia seguinte ao pedido do exame de insanidade mental. A Defensoria Pública explicou que acompanha o caso de Izadora e que a atuação é mais ampla do que a defesa jurídica.

As vítimas – Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos – foram encontradas mortas pelo pai, no dia 27 de setembro. Conforme a investigação da Polícia Civil, Izadora envenenou, afogou e depois deu facadas nas meninas.

Investigação sobre suspeita de ter matado as filhas em Edéia

De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher já tinha intenção de matar as filhas há algum tempo, tendo, inclusive tentado comprar uma arma de fogo para cometer o crime. Porém, ela não teve acesso ao revolver e também não soube explicar desde quando e como surgiu esse pensamento.

“Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças”, disse.

Localizada pela PM, mãe confessa ter matado as filhas em Edéia (Foto: Reprodução)
Localizada pela PM, mãe confessa ter matado as filhas em Edéia (Foto: Reprodução)
Atualmente, Izadora está internada no Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, pois tentou tirar a própria vida dentro do presídio para onde foi levada após a prisão. Ela pode responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela. Se condenada, pode pegar até 100 anos de prisão.