SEM DIZER MOTIVOS

Advogado deixa defesa de mulher que confessou ter matado as filhas em Edéia (GO)

O advogado Fabrício Póvoa deixou a defesa de Izadora Alves de Faria, que confessou ter…

O advogado Fabrício Póvoa deixou a defesa de Izadora Alves de Faria, que confessou ter matado as filhas em casa, em Edéia, no sul de Goiás. O defensor confirmou ao Mais Goiás que renunciou, mas optou por não revelar seus motivos. Ele enfatizou, ainda, que sua única atuação no processo foi o pedido de um exame de insanidade mental à Justiça, cujo objetivo é saber se Izadora pode responder criminalmente pelas mortes.

A renúncia aconteceu na segunda-feira (3), no dia seguinte ao pedido do exame de insanidade mental. A Defensoria Pública explicou que acompanha o caso de Izadora e que a atuação é mais ampla do que a defesa jurídica.

As vítimas – Maria Alice Alves de Souza Barbosa, de 6 anos, e Lavínia Souza Barbosa, de 10 anos – foram encontradas mortas pelo pai, no dia 27 de setembro. Conforme a investigação da Polícia Civil, Izadora envenenou, afogou e depois deu facadas nas meninas.

Investigação sobre suspeita de ter matado as filhas em Edéia

De acordo com o delegado Daniel Moura, a mulher já tinha intenção de matar as filhas há algum tempo, tendo, inclusive tentado comprar uma arma de fogo para cometer o crime. Porém, ela não teve acesso ao revolver e também não soube explicar desde quando e como surgiu esse pensamento.

“Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças”, disse.

Localizada pela PM, mãe confessa ter matado as filhas em Edéia (Foto: Reprodução)
Atualmente, Izadora está internada no Hospital Psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia, pois tentou tirar a própria vida dentro do presídio para onde foi levada após a prisão. Ela pode responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela. Se condenada, pode pegar até 100 anos de prisão.