Nesta época em que o prezo pelo meio ambiente é um dos principais fatores de diferenciação no meio empresarial, empreendimentos que buscam soluções para trazer desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade são respeitados e priorizados por consumidores cada vez mais conscientes.
Justamente como uma forma de fomentar ainda mais o reconhecimento a esses empreendimentos e torná-los de mais fácil identificação para a sociedade, o advogado Marcelo Feitosa, especialista em direito ambiental e desenvolvimento sustentável, luta para implementar em Goiás o Selo Verde. Inspirada em projetos que vigoram em outros Estados, como Alagoas, a ideia é criar uma marca que possa ser estampada em produtos de empresas que atuem com responsabilidade ecológica e social.
“Com uma iniciativa dessa natureza estaremos privilegiando aquelas empresas que consigam aliar a valorização do meio ambiente ao seu negócio”, explica Feitosa. “Em Goiás temos inúmeros industriais, produtores e empresários que privilegiam a questão ambiental em suas atividades.”
Além do reconhecimento àqueles que já atuam com total respeito às regulamentações ambientais, a medida impulsionaria os demais empreendimentos a atuarem da mesma maneira na busca pela predileção do público. “Queremos que o Estado passe a enxergar essa questão como foco de gerar mais receita ao empresário que produz de forma harmoniosa com o meio ambiente e valorizar a questão ecológica, com uma homenagem estatal”, esclarece o advogado.
Segundo a proposta de Feitosa, uma comissão formada para outorgar o Selo Verde em Goiás seria composta de servidores da Secretaria Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos (Secima), de um integrante da sociedade civil que tenha assento no Conselho Estadual do Meio Ambiente e mais um membro do Fórum Empresarial de Goiás. Juntos, eles receberiam e analisariam os requerimentos encaminhados por empresas que gostariam de estampar o selo em seus produtos.
Por enquanto, não há nada oficializado sobre a proposta. No entanto, Feitosa tem realizado conversas com deputados da base governista em busca de apoio, e diz ter recebido pareceres favoráveis. “Algumas entidades, como o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-GO) e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) também já vieram me procurar para saber mais a respeito”, conta.
Apesar disso, ainda é impossível prever quando uma proposta do tipo deve chegar à Assembleia Legislativa. “O projeto tem que ser apresentado por algum parlamentar ou pelo governo. Precisamos esperar acabar o recesso da Casa”, pontua. Enquanto isso, Feitosa trabalha em uma sugestão legislativa para apresentar suas ideias de forma oficial aos parlamentares.
Mesmo sem uma previsão de quando a proposta possa começar a vigorar, as expectativas de Feitosa são as melhores. “A gente espera que com isso consigamos agregar mais valor a esses produtos e trazer uma valorização das politicas publicas ambientais que contemplem verdadeiramente o desenvolvimento sustentável. É uma forma de fomentar a sustentabilidade, incentivar a valorização do público a esse tipo de produto e de trazer o Estado para próximo do empresário”, conclui o advogado.