Obras

Agetop apresenta projeto de medidas emergenciais para estradas da Região Sul

Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) apresentou um projeto emergencial que contempla uma operação…

Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) apresentou um projeto emergencial que contempla uma operação tapa-buracos como medida para mitigar a situação das rodovias estaduais GO-206, GO-178 e GO-302. As vias, que percorrem os municípios de Aporé, Itajá, Lagoa Santa, Itarumã e Caçu, estão sem condições de trafegabilidade, em razão da inúmera quantidade de buracos e da deterioração da camada de asfalto.

A apresentação foi feita a representantes do Ministério Público de Goiás, de municípios da Região Sul do Estado, além de integrantes da sociedade civil organizada, que estiveram nesta quarta-feira (25/11) na sede da agência para reivindicar providências imediatas.

Conforme reconhecido pelo próprio órgão, os trechos estão totalmente comprometidas. Contudo, segundo esclarecido pelo diretor de Manutenção da Agetop, Francisco Humberto Moreira, a operação tapa-buracos é a solução possível, tendo em vista que a recuperação das rodovias somente poderá ter início em período de estiagem, possivelmente em março de 2016. A execução do projeto, segundo acrescentou, aguarda parecer da Controladoria-Geral do Estado para o início da operação de reparo.

Entre as ponderações sobre a situação das vias, o diretor financeiro da Agetop, Hélio Umeno, apontou que alguns projetos deixaram de ser executados por falta de recursos, entre eles o de recuperação dessas vias da região. Ele acrescentou ainda que o órgão não possui autonomia financeira, não sendo possível executar as obras sem os devidos repasses do Estado.

De acordo com o promotor de Justiça André Luís Ribeiro Duarte, de Itajá, a mobilização da sociedade reflete a situação limite que todos têm vivenciados na região. “A situação das rodovias da região é de total abandono, o que significa não só prejuízos econômicos, mas, principalmente, prejuízos aos moradores”, afirmou. A promotora Sílvia Maria Apostólico Alves Reis, de Caçu, acrescentou que têm sido constantes os assaltos, tendo em vista que a situação das vias obriga os motoristas a trafegarem a velocidade baixa.

Participaram do encontro ainda o coordenador do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público do MP-GO, Rodrigo Bolleli; o técnico em engenharia civil do MP-GO, Sérgio Botassi; os prefeitos dos cinco municípios pelos quais passam as rodovias; representantes do Legislativo; da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), além de integrantes de sindicatos rurais, associação comercial, maçonaria e empresários. Na reunião, diversas reclamações foram apresentadas, como em relação à segurança das pessoas que trafegam pelas vias e a dificuldade de escoamento da produção ou manutenção do turismo local, especialmente no caso do município de Lagoa Santa, cuja renda principal está ligada a essa atividade.

Ações propostas

Segundo esclarecido pelo promotor André Luís, com o compromisso da Agetop de executar a operação emergencial de reparo das rodovias será proposto um acordo judicial para a suspensão das ações propostas em Itajá e Caçu, até que seja possível ao órgão fazer a reconstrução total dos trechos. Apesar de nas ações haver o pedido para que operações tapa-buracos não fossem executadas, em razão da má qualidade desse tipo de serviço, o promotor argumentou que a execução desse projeto emergencial será acompanhado pela perícia técnica do MP.

Além disso, ele asseverou: “não é justo que a população seja ainda mais penalizada, portanto, até que chegue o momento da recuperação definitiva, é oportuno que sejam executados os reparos, desde que acompanhada sua execução”.