ECONOMIA

Agronegócio gerou quase 6 mil empregos durante pandemia em Goiás

Saldo positivo é de 43,6% nos postos de trabalho até outubro de 2020

O agronegócio mais uma vez provou que segura a economia goiana. Balanço da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) aponta que o setor gerou pelo menos 5.758 empregos em Goiás. É um saldo de 43,6% nos postos de trabalho até outubro de 2020.

Além disso, na indústria alimentícia houve aumento de 4.409 postos, um saldo positivo de 39%. Os dados foram apresentados durante entrevista coletiva realizada na sede da Faeg, em Goiânia, na manhã desta quarta-feira (9).

A atividade também mostra pujança quando observado o Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto a Economia goiana em geral teve queda de 2,4% no segundo trimestre, o agronegócio apresentou variação positiva de 4,7%.

Grande parte se dá pela safra de grãos, com registro de 27,5 milhões de toneladas, um aumento de 8,9% em relação ao ano passado. A soja e o milho foram os destaques, com aumento de 8,8% do primeiro e 8,9% do segundo insumo.

No entanto, conforme aponta o presidente da Faeg, deputado federal Zé Mario Schreiner, o setor sofreu grandes desafios durante a pandemia de covid-19. Principalmente nos primeiros meses de adoção das medidas de isolamento social para conter o coronavírus.

Desafios

Schreiner lembra que embora tenha sido tratada como atividade essencial, alguns segmentos, como lojas agropecuárias e restaurantes, foram fechados. O que necessitou de luta do setor. As lojas que fornecem rações, vacinas e insumos, com elas fechadas houve problemas na cadeia como um todo. Assim, como os restaurantes às margens da rodovias, que dificultou o trabalho dos caminhoneiros que escoam a produção.

O presidente da entidade cita também o câmbio favorável, com desvalorização do Real, que facilitou a exportação de produtos brasileiros. Além do auxílio emergencial que injetou bilhões de Reais na economia brasileira.

“Quando se trata de segurança alimentar, o Brasil se torna um dos principais países do mundo. Exportamos R$ 100 bilhões de dólares e nos tornamos o principal fornecedor mundial”, aponta.

Para 2021 a expectativa do setor é crescimento. Principalmente na retoma do consumo e aumento da produção de carnes. Com expectativa de melhoria no consumo interno de 2,5% para aves, 2,2% para suínos e 0,8% para bovinos. Além disso, há perspectiva para aumento da demanda externa para China, sudeste asiático e África com crescimento de 3% para carnes.