Agrodefesa adota medidas de controle e prevenção contra raiva em Palmeiras de Goiás
Foram coletadas, ao todo, quatro amostras de três propriedades vizinhas
A Agrodefesa confirmou nesta quarta-feira (19), por meio de exames de laboratório, as mortes de mais três animais (bovinos) pelo vírus da raiva na zona rural de Palmeiras de Goiás, a 72 quilômetros de Goiânia. Foram coletadas, ao todo, quatro amostras de três propriedades vizinhas. O primeiro caso já havia sido confirmado no último dia 13 de julho.
Segundo o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio do Amaral Leal, cerca de 20 animais de três propriedades rurais vizinhas morreram com sintomas da doença. Ele afirma que o órgão já está tomando todas as medidas de controle e prevenção em um raio de 12 km a partir da propriedade foco, conforme preconizado pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros – PECRH da Gerência de Sanidade Animal da Agrodefesa, em consonância com o Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros – PNCRH do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.
Antônio explica que a raiva é endêmica na América do Sul e que vez ou outra surgem focos da doença. O município de Palmeiras era considerado de baixo risco para a doença e até então, livre da obrigatoriedade de vacinação. Os agropecuaristas estão sendo orientados a imunizar bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, muares, asininos e equinos, que podem ser picados pelos morcegos hematófagos- transmissores na zona rural – e contaminados. A vacinação está sendo assistida pelos fiscais da Agrodefesa.
Segundo o gerente, não foram notificados novos casos de animais doentes na região. Há risco de contaminação humana quando há o contato direto da pessoa com o animal doente, por meio da saliva, principal meio de contágio. Não há notificação de raiva humana. Em caso de sintomas, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Por nota, a Agrodefesa informou que que todos os procedimentos necessários ao controle do foco estão sendo realizados, de forma a resguardar a saúde animal e, principalmente a saúde pública, sendo que as ações no foco já estão concluídas, com a vacinação de todos os animais, bem como a identificação do abrigo de morcegos hematófagos.
No texto, a Agrodefesa destacou a importância de que os produtores rurais, profissionais da área de ciências agrárias e da saúde e população em geral notifiquem a ocorrência de animais doentes em suas propriedades rurais ou de terceiros, de forma que a Agência possa realizar o trabalho de atendimento à notificação de forma gratuita, com possível coleta de material e diagnóstico laboratorial e com isso, garantir a proteção da saúde humana e animal no Estado.