Alta de Covid no Brasil: Minas e Goiás são os estados com maior positividade da infecção
Taxa de testes positivos para doença dobrou no último mês; acredita-se que aumento esteja associado à subvariante Éris
A taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil no mês de agosto. De acordo com um relatório feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) Minas Gerais, com 21,4%, e Goiás, com 20,4%, são os estados que apresentam as maiores taxas de positividade para a infecção pelo novo coronavírus.
Outras unidades federativas analisadas no levantamento são: Distrito Federal (positividade de 19,45%), Mato Grosso (13,64%), Pernambuco (3,74%), São Paulo (14,11%), Paraná (15,69%) e Santa Catarina (4,67%).
Éris: alta de Covid em Goiás
No entanto, o maior crescimento de resultados positivos no mês de agosto foi observado em Goiás, de 8% para 20%. No país como um todo, a taxa de positividade para Covid-19 dobrou em um mês, passando de 7% para 15,3% entre as semanas de 22 de julho e 19 de agosto.
Os percentuais mais elevados são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). Já as taxa mais baixas estão entre crianças menores de 4 anos de idade (2,74%) e 4 a 9 anos (4,64%).
A análise tem como base 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin.
Outros vírus
O ITpS também analisou as taxas de positividade para outros vírus, e todas seguem em baixa. Os vírus influenza A e B, causadores da gripe, têm taxa de positividade de 1,4% e 1,2%, respectivamente. E o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), de 3,1%.
Abramed também detectou aumento de contaminações por coronavírus
Outro levantamento, feito pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) aponta para aumento semelhante ao do ITpS no aumento da taxa de positividade para testes de Covid-19. No levantamento, a taxa de positividade dos exames de infecção para o novo coronavírus realizados em laboratórios e clínicas privadas do Brasil mais do que dobrou nas últimas três semanas.
O índice, que ficou em 6,3% na semana de 29 de julho a 4 de agosto, subiu para 13,8% na semana de 12 a 18 de agosto, ou seja, cresceu 7,5 pontos percentuais.
Acredita-se que o aumento esteja associado à Éris, uma subvariante da Ômicron que é monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de ser mais transmissível, essa variante não está associada a casos graves.
Alta é associada à Éris, uma subvariante da Ômicron que é monitorada pela OMS.