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Aluna de medicina presa no 8/1 quer R$ 50 mil para retornar à USP

Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares já conseguiu 35 doadores e arrecadou R$ 1,7 mil

A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP) que ficou sete meses presa por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado, em Brasília, abriu uma vaquinha para tentar arrecadar R$ 100 mil e retomar o curso neste ano. Conforme publicado pelo Metrópoles, após ter a prisão revogada, em agosto de 2023, a engenheira Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, de 36 anos, trancou a matrícula na Faculdade de Medicina da USP e retornou para a casa da família em Fortaleza.

“Permaneço só em casa. Saio apenas uma vez na semana para me apresentar à Justiça e ao fórum. Estou com saudades de estudar, de ver os pacientes, de perceber a continuação da minha jornada, que foi tão difícil de trilhar”, lamentou Roberta no site da vaquinha.

Roberta foi solta mediante o uso de uma tornozeleira eletrônica, que ela customizou com uma Bandeira do Brasil. Ela está proibida de usar redes sociais, sair à noite, viajar ou conversar com outras pessoas que também participaram dos atos golpistas.

No site da vaquinha, ela explica que pode retornar à universidade em 2024 e apresenta um cálculo dos gastos para justificar os valores pedidos. Inicialmente, ela pedia R$ 1 milhão, mas depois alterou o valor para R$ 100 mil.

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A conta dos R$ 100 mil

Nos cálculos apresentados para justificar os R$ 100 mil, Roberta diz que “gostaria muito de honrar” despesas no valor de R$ 30 mil que teve quando foi presa, embora não especifique em que o dinheiro foi gasto.

Ela também calcula precisar de R$ 50 mil para pagar os primeiros meses de aluguel em um local próximo à faculdade, além das contas de água e luz, eletrodomésticos, colchão e até mesmo livros de estudo. “Também não tenho mais o meu tablet, [que] era a minha ferramenta de estudo. Está retido junto com meu celular”, diz.

E tem mais… Roberta quer R$ 20 mil para iniciar uma produção própria de camisetas, que serviriam como uma forma de renda. A ideia é iniciar a produção com mil camisas contendo “mensagens de vida” e com o propósito de serem “sementes no Brasil”.

Ela também diz que pretende utilizar o dinheiro em viagens para ver a família em Fortaleza e para escrever um livro contando sua história.

Até o momento, Roberta conseguiu 35 doadores e arrecadou R$ 1,7 mil.

No texto da vaquinha, a estudante alega que a prisão por participar dos atos golpistas foi injusta. “Fui lutar pelas próximas gerações. Infelizmente, caímos em uma armadilha”, escreve.

*Com informações do Metrópoles