JUSTIÇA

Anápolis: Pastor condenado por tortura em clínica de reabilitação é solto

Além do casal, outras cinco pessoas foram condenadas a penas que variam entre 2 a 3 anos de prisão

Pastor suspeito de manter clínica clandestina em Anápolis se entrega, mas fica em silêncio
Pastor suspeito de manter clínica clandestina em Anápolis se entrega, mas fica em silêncio

O pastor Ângelo Mário Klaus Júnior, condenado por tortura em clínica de reabilitação de Anápolis, recebeu liberdade provisória na última quarta-feira (29/5). Ele e a esposa, Suelen Amaral, que eram responsáveis por duas clínicas de reabilitação na cidade, foram foram condenados a mais de dez anos de prisão pelos crimes de tortura e cárcere privado.

Segundo a decisão da juíza Sirlei Martins da Costa, a liberdade provisória impõe as seguintes condições:

  • Comparecimento mensal na Justiça;
  • Proibição de se ausentar da cidade sem prévia autorização judicial;
  • Comparecimento a todos os atos processuais para os quais for intimado;
  • Manter o endereço atualizado;
  • Permanecer em casa das sete horas da noite às seis da manhã;
  • Entregar o passaporte em 48 horas após a decisão;
  • Uso de tornozeleira eletrônica.

Além do casal, outras cinco pessoas foram condenadas a penas que variam entre 2 a 3 anos de prisão. As investigações tiveram inicio quando um senhor de 96 anos conseguiu fugir do local. Ângelo Klaus era o único que permanecia preso.

Sob gestão do pastor clínicas de reabilitação eram como “Campo de concentração”, indicou PC

Os responsáveis por gerenciar as clínicas, de acordo com a Polícia Civil, eram o pastor da Igreja Batista Nova Vida, Klaus Júnior, e a esposa dele, a pastora Suellen Klaus, que tinha cargo comissionado na prefeitura da cidade de Anápolis, mas foi exonerada.

Segundo a polícia, as pessoas internadas tinham entre 14 e 96 anos, foram resgatadas com graves ferimentos e em estado de desnutrição em uma espécie de “campo de concentração”, em Anápolis. A ação policial ocorreu na terça-feira (29) e prendeu seis pessoas responsáveis pela clínica clandestina – o casal proprietário e quatro funcionários.

Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram mantidas em cárcere privado e tortura. Os pacientes eram levados de forma involuntária ao local, onde eram trancados mediante pagamento de, no mínimo, um salário mensal. Entres os pacientes estão pessoas com deficiência intelectual e física, além de dependentes químicos.